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07/Ago/2020

Desemprego atinge 13,3% no trimestre até junho

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira (06/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 13,3% no trimestre encerrado em junho. Em igual período de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,0%. No trimestre até maio de 2020, a taxa de desocupação estava em 12,9%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.500,00 no trimestre encerrado em junho. O resultado representa alta 6,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 203,519 bilhões no trimestre até junho, queda de 4,4% ante igual período do ano anterior. No trimestre terminado em junho de 2020, faltou trabalho para um recorde de 31,946 milhões de pessoas no País. A taxa composta de subutilização da força de trabalho subiu de 24,4% no trimestre até março para 29,1% no trimestre até junho, maior resultado da série.

O indicador inclui a taxa de desocupação, a taxa de subocupação por insuficiência de horas e a taxa da força de trabalho potencial, pessoas que não estão em busca de emprego, mas que estariam disponíveis para trabalhar. No trimestre até junho de 2019, a taxa de subutilização da força de trabalho estava em 24,8%. A população subutilizada cresceu 15,7% ante o trimestre até março, 4,3 milhões pessoas a mais. Em relação ao trimestre até junho de 2019, o avanço foi de 12,5%, mais 3,5 milhões de pessoas. O Brasil alcançou um recorde de 5,683 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em junho. O resultado significa 913 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em fevereiro, um salto de 19,1%. Em um ano, 806 mil pessoas a mais caíram em situação de desalento, alta de 16,5%. A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

A perda de trabalho por milhões de brasileiros derrubou a massa de salários em circulação na economia durante a pandemia do novo coronavírus. A massa de salários em circulação na economia encolheu R$ 9,391 bilhões no período de um ano, para R$ 203,519 bilhões, uma queda de 4,4% no trimestre encerrado em junho de 2020 em relação ao mesmo período de 2019. Na comparação com o trimestre terminado em março, a massa de renda real encolheu 5,6%, com R$ 12,017 bilhões a menos. O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve alta de 3,6% na comparação com o trimestre até março, R$ 160,00 a mais. Em relação ao trimestre encerrado em junho do ano passado, a renda média subiu 4,6%, R$ 110,00 a mais, para R$ 2.500,00. O País registrou uma perda recorde de 8,876 milhões de pessoas ocupadas no mercado de trabalho em apenas um trimestre, enquanto 59 mil deixaram o contingente de desempregados. Menos da metade da população em idade de trabalhar está ocupada.

A população ocupada desceu ao menor patamar da série histórica iniciada em 2012, com 83,347 milhões de pessoas. A taxa de desemprego só não subiu ainda mais porque houve um salto de 15,6% no número de pessoas na inatividade. A população inativa alcançou o auge de 77,81 milhões no trimestre encerrado em junho, 10,5 milhões a mais que no trimestre anterior. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) caiu de 53,5% no trimestre encerrado em março para 47,9% no trimestre até junho de 2020, o menor da série histórica. No trimestre terminado em junho de 2019, o nível da ocupação era de 54,6%. A pandemia do novo coronavírus provocou uma perda generalizada de postos de trabalho no trimestre encerrado em junho, mas os mais impactados ainda são os trabalhadores informais. O País alcançou uma taxa de informalidade de 36,9% no mercado de trabalho no trimestre até junho, a menor da série histórica iniciada em 2016, com 30,8 milhões de trabalhadores atuando na informalidade.

O resultado significa 6,038 milhões de trabalhadores informais a menos em apenas um trimestre. A saída do trabalhador informal responde por mais de 70% da queda na ocupação. O País registrou a demissão de 2,385 milhões de pessoas sem carteira de trabalho no setor privado no trimestre encerrado em junho, enquanto outros 2,495 milhões de trabalhadores por conta própria perderam suas ocupações. Mais 2,942 milhões de vagas com carteira assinada no setor privado foram extintas em um trimestre. O total de vagas formais no setor privado desceu a 30,2 milhões, menor patamar da série. Houve uma perda ainda de 429 mil empregadores em um trimestre. Outros 1,257 milhão de trabalhadores domésticos perderam seus empregos no período. Após a queda recorde, o trabalho doméstico caiu ao piso da série, 4,7 milhões de pessoas. O setor público abriu 708 mil vagas em um trimestre, que responde a um movimento sazonal de contratação de mão de obra após as dispensas também sazonais no fim do ano anterior. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.