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06/Ago/2020

Crédito Rural: desembolsos são recordes em julho

De acordo com dados divulgados no Balanço de Financiamento Agropecuário da Safra 2020/2021 nesta quarta-feira (05/08) pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o desempenho do crédito rural nos primeiros 30 dias do Plano Safra 2020/2021 superou as expectativas, mostrando que o setor do Agronegócio está descolado da crise conjuntural da economia em decorrência da pandemia do coronavírus. Os dados mostram que os R$ 24,15 bilhões contratados no primeiro mês do Plano Safra representam 50% a mais que o mesmo período do ano passado. Houve um crescimento expressivo no valor aplicado no primeiro mês do Plano Safra e isso significa que os produtores estão confiando na redução das taxas de juros, na estabilidade do mercado, na economia brasileira e na gestão do Ministério da Agricultura.

Observa-se crescimento em todas as modalidades de financiamento. O destaque mais significativo foi o aumento de 110% nos financiamentos de investimento, sendo contratados R$ 5,2 bilhões. São os investimentos em infraestrutura produtiva que asseguram a sustentabilidade da atividade ao longo do tempo. Este valor significa que o produtor rural está acreditando no agronegócio, está investindo, por exemplo, em armazenagem, em correção de solo, em aquisição de maquinários e de equipamentos para melhorar a tecnologia no campo. Quanto aos programas de investimento, praticamente todos cresceram mais de 100%, na variação comparativa com o mesmo mês do ano agrícola anterior, com destaque para o Moderagro (535%), Moderinfra (413%), Programa ABC (134%) e Inovagro (175%).

O crédito de custeio também teve alta de 39%, com R$ 15 bilhões contratados, indicativo de grande motivação dos agricultores para o cultivo da safra que se inicia. O Pronamp (médios produtores) teve um aumento de 26% no número de contratos de custeio (20 mil) e de 32% no valor aplicado (R$ 3,4 bilhões). O Pronaf (agricultura familiar) cresceu, respectivamente, 36% nos contratos (81,3 mil) e 57% em desembolso (R$ 2,8 bilhões). O crescimento das contratações do custeio pelos pequenos e médios agricultores, que é o objetivo maior Plano Safra, foi bastante satisfatório. Eles estão sendo atendidos em suas necessidades de crédito rural.

Com R$ 1,8 bilhão em empréstimos destinados à comercialização, 17% de aumento em relação a igual período da safra passada, mostra que os preços agrícolas, em geral, seguem bastante remuneradores, fazendo com que os produtores comercializem seus produtos ao invés de estocarem a espera de preços mais altos. Desta forma, a demanda por financiamento para estocagem não foi tão acentuada. Os produtores de milho, de soja, de arroz, entre outras culturas, estão satisfeitos com a remuneração que o mercado está dando aos seus produtos. A expectativa é de que o Brasil terá uma safra de grãos muito maior do que a deste ano, que já foi recorde. Os financiamentos com a Industrialização também tiveram desempenho favorável, com alta de 69%, representando R$ 2 bilhões em aplicação. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.