ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

31/Jul/2020

Preços pagos ao produtor têm forte alta em julho

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) ganhou força na leitura do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de julho, ao avançar 3,0%, após oscilação de 2,25% em junho. Foi a maior alta mensal do IPA-M desde dezembro de 2002, quando avançara 4,45%. Com o resultado, o indicador acumula alta de 9,34% em 2020 e de 12,6% nos 12 meses encerrados em julho. Nas aberturas por origem dos produtos, o destaque ficou com o IPA agropecuário. O grupo avançou 3,14%, após alta de 1,29% em junho, e passou a acumular elevação nos preços de 12,35% em 2020 e de 25,43% em 12 meses. Os preços ao produtor industrial também ganharam força. O IPA industrial acelerou a 2,94% em julho, de 2,6% em junho, e soma variação de 8,28% no ano e de 8,52% em 12 meses.

Nas aberturas por estágios de processamento, a maior pressão sobre o IPA partiu das matérias-primas brutas, que subiram 6,35% em julho. A taxa é mais que o dobro da observada no mês anterior, quando o grupo havia registrado alta de 2,57%. A variação foi puxada pela aceleração da soja em grão (1,43% para 8,89%), minério de ferro (5,83% para 8,98%) e bovinos (3,26% para 8,94%). Em sentido oposto, os destaques foram cana-de-açúcar (1,39% para -0,62%), arroz em casca (10,44% para 0,99%) e algodão em caroço (2,57% para -0,24%). O grupo tem alta de 22,65% em 2020 e de 27,25% em 12 meses. Os bens intermediários também ganharam tração em julho e avançaram 2,06%, após alta de 1,7% no mês anterior. O principal responsável pelo movimento foi o subgrupo de combustíveis e lubrificantes para produção, que subiu 12,78%, após alta de 6,12% em junho.

Nesta abertura, a inflação acumulada no ano é de 3,28% e em 12 meses, de 4,97%. Na outra ponta, os bens finais mostraram alívio na passagem de junho para julho. O grupo teve inflação de 0,45% nesta divulgação, após 2,45% na anterior, e acumula alta de 3,14% em 2020 e de 6,89% em 12 meses. A principal contribuição para o resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, que teve deflação de 14,63%, após alta de 1,15% em junho. Além de soja em grão, bovinos e minério de ferro, as principais pressões para cima sobre o IPA-M partiram do óleo diesel (11,65% para 13,94%) e do leite in natura (4,24% para 11,88%). Na outra ponta, ajudaram a conter a alta do índice batata inglesa (10,0% para -42,58%), feijão em grão (7,1% para -19,04%), ovos (9,93% para -4,31%), açúcar VHP (9,93% para -4,31%) e café em grão (-11,05% para -2,41%). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.