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31/Jul/2020

Regras alfandegárias: mudanças para exportação

Para estimular a economia e as exportações, o governo federal publicou a Portaria SECEX nº 44 que revisa as normas de concessão, utilização e encerramento do regime aduaneiro especial de drawback (um mecanismo que permite a desoneração tributária de insumos aplicados na produção de bens exportados). O ato normativo foi publicado no Diário Oficial da União do dia 27 de julho e a medida entrará em vigor em 30 dias. Essa decisão traz mais segurança jurídica, transparência, simplifica e reduz procedimentos burocráticos, possibilita a diversificação e o aumento do volume exportado do País. Dentre os segmentos de negócios que utilizam a modalidade de drawback, destaque para a cadeia de minérios de ferro, cobre e seus concentrados; carne de frango congelada, fresca ou refrigerada; celulose; óxidos e hidróxidos de alumínio; automóveis de passageiros; embarcações; couros e pele; polímeros; produtos semimanufaturados de ferro ou aço, entre outros.

Segundo dados do Ministério da Economia, o regime aduaneiro auxilia a exportação de cerca de R$ 50 bilhões anuais. A evidência empírica disponível sugere que o drawback é um regime que não apenas contribui para o aumento do volume exportado pelo País, como também para a diversificação da nossa pauta exportadora, a chamada margem extensiva do comércio internacional. O regime aduaneiro especial de drawback foi criado em 1966, serve como um incentivo fiscal à exportação. Ele é concedido a empresas e consiste na suspensão ou isenção de tributos incidentes sobre a aquisição de insumos utilizados na produção de bens, que serão exportados outros países. Ao longo dos anos, o drawback passou por modificações legais e tecnológicas para tornar o benefício acessível às companhias que vendem para o exterior e ajudam a equilibrar o saldo da balança comercial do País.

Os principais tributos que são isentos ou suspensos pelo regime de drawback são o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); Imposto de Importação (II); Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) e Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). Essa condição torna os produtos feitos no Brasil mais competitivos no mercado internacional. a Portaria SECEX nº 44, que foi objeto de consulta pública entre os meses de fevereiro e abril deste ano, também elimina custos de transação desnecessários, cria incentivos para que mais empresas utilizem esse regime especial e abre oportunidade aos estreantes no comércio internacional. Fonte: Suinocultura Industrial. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.