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24/Jul/2020

Gafanhotos: calor favorece aproximação com Brasil

Segundo o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa), a nuvem de gafanhotos na Argentina continua se deslocando para o sul, em direção ao Uruguai. No dia 22 de julho, à noite, ela permanecia na cidade de Federación, na província de Entre Rios, a 10 quilômetros da divisa com o Uruguai. No entanto, as condições climáticas da região, observadas na manhã desta quinta-feira (23/07), favorecem a sua migração para o território brasileiro. Segundo fiscais federais agropecuários, ela vem se aproximando do Rio Grande do Sul com a mudança de direção do vento de norte para sul. De acordo com a nova localização, calcula-se que ela esteja a cerca de 94 Km da cidade de Barra do Quaraí (RS), divisa com a Argentina.

Entre terça-feira (21/07) e quarta-feira (22/07), essa nuvem se movimentou cerca de 10 quilômetros, impulsionada principalmente pelo tempo quente e seco nos últimos dias na região. A nuvem, que inicialmente tinha cerca de 400 milhões de insetos, diminuiu em 30% e hoje ocupa área de aproximadamente 10 Km². O monitoramento do trajeto prossegue e os técnicos realizaram nova tentativa de pulverização de inseticidas nesta quinta-feira (23/07), após aplicação frustrada na quarta-feira (22/07). A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul afirmou que continua monitorando a movimentação dos insetos e que 70 aeronaves agrícolas estão prontas para atuar no combate caso entrem no território brasileiro. O Ministério da Agricultura deve liberar R$ 600 mil para controle da nuvem se ela se deslocar para o Estado.

Os recursos poderão ser utilizados para aquisição de produtos para tratamento fitossanitário e contratação de serviços de aplicação e devem cobrir 21 dias de operação. Outra ideia apresentada é a busca por um acordo de cooperação com Argentina e Uruguai para auxiliar no controle dos insetos em seus territórios, de forma a permitir a entrada de aviões para aplicação de inseticidas na Argentina, por exemplo. A secretaria considera também iniciar a aplicação de pesticidas até mesmo antes da presença dos insetos a fim de evitar a aproximação. O secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Covatti Filho, também confirma a publicação do Plano de Emergência do Estado, com as orientações de como devem ser as operações contra gafanhotos.

Uma segunda nuvem de insetos permanece no norte da Argentina, entres as províncias de Formosa e Chaco. Entretanto, técnicos do Senasa ainda não identificaram a sua localização exata e as buscas pelo aglomerado prosseguiram nesta quinta-feira (23/07). O Paraguai ainda tem uma outra nuvem de gafanhotos (um total de três é monitorado pelos países da América do Sul),localizada no Departamento Central do Chaco, em Boquerón, e continua se deslocando para o sul do país, próximo à divisa com o norte da Argentina, segundo o Serviço Nacional de Saúde e Segurança Vegetal do Paraguai (Senave). De acordo com fiscais agropecuários brasileiros, esta nuvem está cerca de 600 quilômetros distante da fronteira com o Brasil. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.