23/Jul/2020

Segundo o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa), a nuvem de gafanhotos continua se deslocando para o sul, em direção ao Uruguai. Na terça-feira (21/07), à noite, a nuvem estava na cidade de Federación, na província de Entre Rios, a 17 quilômetros da divisa com o Uruguai. Uma segunda nuvem de insetos, que estava no Paraguai, entrou na Argentina pela região norte, na província de Formosa e se deslocou para a província de Chaco.

O Paraguai ainda tem uma outra nuvem de gafanhotos (um total de três são monitoradas pelos países da América do Sul), localizada no Departamento Central do Chaco, em Boquerón, e continua se deslocando para o sul do país, próximo à divisa com o norte da Argentina, segundo o Serviço Nacional de Saúde e Segurança Vegetal do Paraguai (Senave). De acordo com fiscais agropecuários brasileiros, esta nuvem está cerca de 600 quilômetros distante da fronteira com o Brasil.

A nuvem que está mais próxima do território brasileiro é a que se desloca em direção ao Uruguai. Na manhã de terça-feira (21/07), a nuvem estava a 112 Km da cidade de Barra do Quaraí, no Rio Grande do Sul segundo a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Estado. A distância dos insetos do território brasileiro ainda não foi atualizada após a nova localização do aglomerado.

Contudo, o risco de entrada dos insetos nas lavouras gaúchas, especialmente às próximas com a fronteira uruguaia, ainda não é descartado, porque na sexta-feira (24/07) o vento na região tende a mudar de direção de norte para o sul, podendo influenciar no fluxo contrário da nuvem. Entre os dias 20 e 21 de julho, essa nuvem se movimentou cerca de 30 quilômetros, impulsionada principalmente pelo tempo quente e seco observado nos últimos dias na região. A nuvem, que inicialmente tinha cerca de 400 milhões de insetos, diminuiu em 30% e hoje ocupa área de aproximadamente 10 Km².

O monitoramento do trajeto prosseguiu nesta quarta-feira (22/07) e os técnicos realizaram nova pulverização de inseticidas. Na região, há três nuvens de gafanhotos detectadas, uma na zona do Chaco no Paraguai e as outras duas na Argentina, segundo o Senasa. O alerta quanto à entrada do terceiro aglomerado de insetos na Argentina no curto prazo foi mantido pelo Senasa. A nuvem poderia entrar também pela região norte do país, nas províncias de Formosa e Salta. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.