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17/Jul/2020

Meio Ambiente precisa de transparência e clareza

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que o Brasil e o setor agropecuário do País precisam dar informações corretas e de maneira clara e transparente sobre meio ambiente para os críticos da política ambiental do País. Segundo ela, é preciso falar o que é bom e o que precisa ser corrigido. Tereza Cristina acrescentou, no entanto, que não funciona a estratégia de simplesmente acusar os países que criticam o desmatamento no Brasil de eles já terem acabado com suas florestas. É preciso ser pragmático e fazer com que os outros países colaborem. Sobre os detratores do Brasil, que ficam exigindo que se preserve mais do que o Código Florestal prevê, ela foi enfática: "Eles querem que preservemos mais do que o Código Florestal exige. Aí, porém, é outra conversa. Precisamos ver o que podemos tirar de vantagem disso."

A ministra citou o movimento recente de investidores estrangeiros, que ameaçaram retirar recursos do Brasil caso o governo não coloque um freio no desmatamento da Amazônia. Segundo ela, eles estão preocupados porque hoje existe uma consciência ambiental no mundo. A ministra voltou a repetir um discurso recorrente, de que o Brasil é o país que mais preserva a natureza no mundo, que tem um Código Florestal muito rígido, mas é necessário mostrar o que está sendo feito. É necessário comprovar o que é realizado e não só deixar que mostrem as mazelas. De todo modo, ela reconheceu que a "temperatura" em relação às críticas ao Brasil está alta, sobretudo no setor ambiental. Sobre a Amazônia, ela observou que há muita desinformação, inclusive a respeito do gigantismo do Brasil. Tereza Cristina citou que a agricultura ocupa apenas 2% do bioma amazônico e a pecuária, 12%.

A agricultura brasileira não é feita na Amazônia. Ela é feita num pedaço da Amazônia Legal. É difícil as pessoas de fora entenderem o tamanho do Brasil e isso provoca muita confusão na comunicação. A ministra lembrou que o País não precisa crescer sua agricultura na Amazônia. Há vastas áreas de pastos degradados do Cerrado, o MATOPIBA (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), exemplificou. Mas, segundo a ministra, o Brasil, com seu gigantismo, é um incômodo para os seus concorrentes globais. Indagada sobre se o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, não estaria atrapalhando as tentativas de o setor agropecuário brasileiro se firmar como sustentável aos olhos do mundo, ela discordou e afirmou que tem um diálogo muito franco e aberto e que ele entende as questões. Tereza Cristina enfatizou, ainda, que as pessoas "têm de entender" que há legislação ambiental no Brasil e que ela é rígida. O que falta, por vezes, é segurança jurídica, com extrema judicialização de processos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.