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15/Jul/2020

Importância da China para o agronegócio no Brasil

Segundo o Insper Agro Global, a China "salvou" o agronegócio brasileiro ao importar grande volume de diferentes produtos nos últimos meses. O agronegócio está tendo um PIB positivo neste momento, contra todo o resto da economia, e isso tem a ver com diretamente com a China, que neste momento compra mais de 40% do que o agro exporta. São destaques as vendas externas robustas de soja, milho, algodão e carnes. No momento atual, a exportação segura o agro, e a China segura a exportação. A defesa é para que seja pavimentada uma relação de longo prazo entre Brasil e China. O Brasil está se beneficiando da peste suína africana (PSA), da guerra comercial entre os Estados Unidos e o país asiático, da recuperação pós-Covid-19 da China, mas são fatores conjunturais.

O que falta é o Brasil criar uma relação mais estrutural, mais de longo prazo, com mais previsibilidade e transparência. Estão habilitados a exportar para a China 100 frigoríficos brasileiros. A previsão é de crescimento nos próximos anos. Mas, esse número pode também recuar, como era antes da peste suína africana (PSA), com 60 unidades habilitadas. É preciso dar mais solidez à relação entre Brasil e China não só em aspectos ligados ao comércio, mas também em investimento, sustentabilidade e infraestrutura. Além de uma diversificação de destinos da pauta exportadora brasileira, é necessário diversificar os produtos vendidos à China. O Brasil é grande em bovinos, suínos e aves, mas poderia expandir para leite e pescados, que são dois produtos que crescem fortemente no mercado chinês e que o Brasil até hoje não conseguiu entrar, mas poderia em algum momento.

As discussões sobre sanidade animal precisam ser monitoradas com atenção. No segundo surto de Covid-19 que aconteceu em Pequim, a China resolveu fechar a possibilidade de exportação de frigoríficos de dez países, alegando que poderia haver uma contaminação pela Covid-19 que não está em absoluto provada pela ciência. Não há contaminação de Covid em alimentos, há contaminação das pessoas. Mas, por uma razão preventiva, em função de um salmão que veio da Noruega, a China fechou a possibilidade de exportação de frigoríficos no Brasil, na Argentina e em outros países. Isso não tem base científica, então é preciso trabalhar essa questão de uma maneira ponderada, melhorando a questão sanitária global. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.