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01/Jul/2020

Brasil sofrendo menos perdas no comércio mundial

Segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC), o comércio global perdeu força no ano passado e será ainda mais fraco neste ano. Entre os segundos trimestres de 2019 e de 2020, segundo as últimas estimativas da entidade, a queda do comércio internacional global em decorrência do impacto da crise do novo coronavírus sobre a economia deverá atingir 18,5% (depois da queda estimada em 3% no primeiro trimestre). Os números relativos às exportações brasileiras sugerem que a posição brasileira ficou levemente melhor, mas o mesmo raciocínio não se aplica às importações pelo País, que desde março vêm registrando diminuição mais intensa na comparação com 2019.

O impacto da crise sanitária tende a ser menos agudo do que a OMC chegou a prever em abril: queda de 32% no comércio global entre 2019 e 2020. Seria um recuo da ordem de US$ 6 trilhões, levando em conta que o comércio global de 2019 foi de US$ 20 trilhões. As medidas de política econômica anunciadas por diferentes governos permitem amortecer a crise. No primeiro trimestre, o recuo do comércio global foi estimado em 3%. Atualmente, o comércio só precisa crescer 2,5% por trimestre no restante do ano para atender à projeção otimista de abril, de contração de 13%. O cenário só seria mais adverso se ocorresse uma segunda onda de infecções. Com a exceção de janeiro, o comportamento do comércio exterior brasileiro no primeiro semestre de 2020 não pode ser visto como muito negativo.

As exportações de US$ 96,7 bilhões até 21 de junho caíram 5,7% em relação a igual período de 2019, enquanto a corrente de comércio (soma de exportações e importações) recuou 4,6%, para US$ 173,1 bilhões. O Brasil tem sofrido menos graças à demanda global de produtos básicos, a começar de grãos e carnes. Entre os itens que mais afetaram, para pior, o comércio global está o petróleo, pois caíram as cotações e a demanda dessa commodity. Mas, o Brasil continuou elevando as exportações de óleo bruto, o que ajudou a gerar superávit na balança comercial. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.