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01/Jul/2020

Desemprego: taxa de 12,9% no trimestre até maio

De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta terça-feira (30/06) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,9% no trimestre encerrado em maio. Em igual período de 2019, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,3%. No trimestre até abril de 2020, a taxa de desocupação estava em 12,6%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.460,00 no trimestre encerrado em maio. O resultado representa alta de 4,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 206,623 bilhões no trimestre até maio, queda de 2,8% ante igual período do ano anterior. O Brasil alcançou um recorde de 5,411 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em maio. O resultado significa 718 mil desalentados a mais em relação ao trimestre encerrado em fevereiro, um aumento de 15,3%. Em um ano, 506 mil pessoas a mais caíram para essa situação, o que representa alta de 10,3%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial. A pandemia do novo coronavírus provocou uma perda generalizada de postos de trabalho no trimestre encerrado em maio, mas os mais impactados foram os trabalhadores informais. As demissões foram recordes em oito dos dez grupos de atividades econômicas. O País alcançou uma taxa de informalidade de 37,6% no mercado de trabalho no trimestre até maio, a menor da série histórica iniciada em 2016, com 32,3 milhões de trabalhadores atuando na informalidade. O resultado significa 5,784 milhões de trabalhadores informais a menos em apenas um trimestre. Dessa queda de 7,8 milhões de pessoas ocupadas, 5,8 milhões foram de trabalhadores informais. Dentro da queda da ocupação, 74% foram trabalhadores informais.

É realmente relevante a queda do emprego sem carteira, o trabalhador doméstico sem carteira, o empregador sem CNPJ. O País registrou a demissão de 2,426 milhões de pessoas sem carteira de trabalho no setor privado no trimestre encerrado em maio, enquanto outros 2,062 milhões de trabalhadores por conta própria perderam suas ocupações. Mais 2,522 milhões de vagas com carteira assinada foram extintas em um trimestre, e 1,176 milhão de trabalhadores domésticos perderam seus empregos no período. O setor público abriu 884 mil vagas em um trimestre, num movimento sazonal e contratação de mão de obra após as dispensas também sazonais no fim do ano anterior. A queda na informalidade em outros tempos poderia ser vista como algo extremamente positivo, caso tivesse sido convertida, por exemplo, em trabalho com carteira assinada (formalidade), mas não é o caso. Boa parte dessas pessoas está sendo colocada fora da força de trabalho. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.