29/Jun/2020

A crescente tensão entre Estados Unidos e China e a vantagem do candidato democrata Joe Biden sobre o presidente Donald Trump, nas últimas pesquisas de intenção de voto para a presidência, prejudicarão o acordo comercial "Fase 1" sino-americano. Há dúvidas de que o acordo comercial 'Fase 1' continue intacto até as eleições de novembro. O mercado financeiro já está buscando obter ganhos adicionais desde que as chances de Biden aumentaram, além da escalada das infecções por Covid-19 nos Estados Unidos e das tensões com a China.

Quanto mais atrás nas pesquisas Donald Trump aparece, maior é a probabilidade de ele recorrer à questão chinesa para reforçar sua base de apoio. A China também se tornou mais beligerante nos últimos meses, reforçando seu controle sobre Hong Kong e provocando a ira da União Europeia e da Índia. Os progressistas no Partido Democrata podem pressionar para manter as políticas protecionistas de Trump, mas Biden ainda é um defensor do livre comércio baseado em regras.

A percepção é que a China esteja disposta a selar um novo acordo com Biden, sabendo que ele teria mais chances de cumpri-lo. Para a China, o modo incorreto de lidar com a pandemia de coronavírus, incluindo o recente aumento de infecções nos estados do sul e do oeste dos Estados Unidos, por parte do presidente Donald Trump, e a onda de protestos em resposta à morte de George Floyd seriam os principais responsáveis pela queda na aprovação do governo e pela ascensão de Biden. Mas, ainda é cedo demais para já considerar o democrata vencedor. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.