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25/Jun/2020

Meio Ambiente: alerta de evasão de capital do País

Embora sem citar volumes financeiros, fundos internacionais engajados em causas ambientais e redução do carbono na atmosfera alertaram que o desmatamento da Amazônia pode provocar saídas adicionais de capital do Brasil. Para a Domini Impact Investments, um dos 30 fundos internacionais que assinaram uma carta enviada às embaixadas brasileiras na última segunda-feira (22/06) solicitando o fim do desmatamento na Amazônia, um ambiente de investimento estável e sustentável é importante para provedores de serviços financeiros e investimentos estrangeiros.

As saídas significativas de investimento estrangeiro do Brasil podem criar pressão descendente nos preços relevantes. Isso também pode indicar uma falta de confiança dos investidores no mercado brasileiro, o que poderia gerar saídas adicionais. Haverá impactos para o mercado brasileiro com a iniciativa dos fundos de parar de investir no País, se a devastação da Floresta Amazônica não for contida. Há uma grande variedade de fatores considerados nas decisões de investimento e eles variam de acordo com cada investidor.

A Amazônia é o ponto central do sistema climático global e sua destruição contínua cria riscos significativos para os mercados, às empresas e o planeta como um todo. Propostas e comentários recentes de autoridades públicas no Brasil sinalizam uma falta de preocupação com as implicações climáticas e de diretos humanos do desmatamento. Essa tendência aumentou a preocupação dos investidores ao mesmo tempo em que a conscientização dos investidores e do público sobre a importância das florestas está crescendo.

As declarações do Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na reunião ministerial de 22 de abril passado ganharam repercussão internacional com a divulgação do vídeo pela Justiça e são consideradas muito preocupantes. A Church Commissioners for England, como investidor ético, está cada vez mais preocupada com tentativas sistemáticas de enfraquecer as leis ambientais existentes e com a falta de fiscalização que estabeleça um precedente para incentivar futuras apropriações de terras e desmatamento. Na prática, os fundos afirmam que a decisão de investimento no Brasil depende da avaliação individual dos cotistas.

O desmatamento está no topo da agenda de muitos outros investidores devido a seus vínculos com as mudanças climáticas, perda de biodiversidade e proteção dos direitos dos povos indígenas, além de ser uma questão particularmente emotiva para consumidores cada vez mais vocais em todo o mundo. Sobre os impactos para o mercado brasileiro, a economia do País não se beneficia. O desrespeito contínuo pela importância dos biomas da Amazônia e do Cerrado não beneficiará nem o planeta, nem a economia brasileira a longo prazo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.