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24/Jun/2020

Dólar tem forte baixa e se reaproxima de R$ 5,00

O dólar caiu mais de 2% ante o Real nesta terça-feira (23/06), fechando na mínima em mais de uma semana, em movimento que capturou novo dia de apetite por risco no mundo após dados de atividade melhores que o esperado no exterior e declarações favoráveis ao acordo comercial EUA-China. O dólar à vista cedeu 2,26%, caindo para R$ 5,1531. É a maior queda percentual diária desde 8 de junho e o menor patamar desde 15 de junho (R$ 5,14). A cotação oscilou entre baixas de 2,60%, a R$ 5,1350, e de 0,84%, para R$ 5,2279. No exterior, o índice do dólar contra uma cesta de moedas fortes cedia 0,2%, enquanto o euro e moedas como dólar australiano, peso mexicano e rand sul-africano se valorizavam na esteira do clima favorável a ativos mais arriscados.

Dados preliminares de atividade nos EUA e na Europa mostraram quedas menos intensas em junho, reforçando esperanças de que as principais economias possam se recuperar antes que o previsto do tombo causado pelos bloqueios decorrentes da crise de saúde do Covid-19. Além disso, o mercado se apegou a tentativas de autoridades dos EUA de "apagar o incêndio" causado na véspera pelo assessor comercial da Casa Branca, Peter Navarro, o qual disse que o pacto comercial entre EUA e China estaria "acabado". Ainda na segunda-feira, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que o acordo estava "totalmente intacto". O diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Larry Kudlow, repetiu as palavras de Trump. E o próprio Navarro voltou atrás em suas declarações e disse que seus comentários foram interpretados "extremamente fora de contexto".

No plano local, analistas chamam atenção para os movimentos nos mercados de câmbio e ações. O real liderou com folga os ganhos entre as principais moedas nesta sessão. A força extra se deve à sinalização mais cautelosa do Banco Central sobre novos cortes de juros, conforme ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) publicada nesta terça-feira. No documento, o BC apontou que o país já estaria próximo do limite efetivo mínimo para a taxa básica de juros Selic, a partir do qual novos cortes seriam contraproducentes. A Selic foi reduzida na semana passada a nova mínima recorde de 2,25% ao ano, e alguns no mercado veem taxa de juros ao fim de 2020 em 2% ou até menos. Quanto menor esse patamar, menor o retorno pago pelo Brasil em títulos de renda fixa, o que desestimula aplicação na renda fixa doméstica, já que outros emergentes têm juros mais altos e medidas mais baixas de risco. Fonte: Reuters. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.