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22/Jun/2020

China quer ampliar relações comerciais com Brasil

O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, afirmou, na sexta-feira (19/06), que a retomada do crescimento pela China abre ampla janela de oportunidades comerciais entre seu país e o Brasil. De acordo com ele, o governo chinês trabalha para ampliar as relações comerciais com o Brasil após a pandemia do coronavírus. Ele fez uma previsão muito otimista sobre o futuro das relações comerciais entre Brasil e China, que já duram 46 anos, e que têm muita margem para serem ampliadas. A demanda chinesa e a oferta brasileira de carnes, grãos e de oportunidades na área da infraestrutura mostra a complementaridade entre os dois países. No mês que vem, autoridades e empresários chineses vão fazer uma reunião online com o Brasil para tratar de assuntos relacionados a investimentos e obras de infraestrutura.

O embaixador ressaltou também que o Brasil é para a China um importante parceiro tecnológico e que seu país deseja ampliar relações bilaterais no campo da tecnologia com o mercado brasileiro, ressaltando a importância da tecnologia 5G. O governo chinês tem se esforçado para aumentar os negócios entre China e Brasil e medidas já estão sendo adotadas para que isso aconteça. O objetivo é fazer operações bilaterais com o Brasil no contexto da pandemia do coronavírus. Para o embaixador chinês, existe uma margem grande para crescimento do comércio entre o Brasil e a China, com crescimento de parcerias em infraestrutura, agronegócio, energia e saúde. O turismo é outra área que o embaixador diz ver grande potencial de crescimento. Aproximadamente 60 mil chineses visitam o Brasil anualmente e o País poderia simplificar a política de vistos para atrair mais turistas chineses.

Ainda de acordo com o embaixador chinês, na área da Educação há também um vasto espaço para crescimento nas relações entre os dois países. De acordo com ele, o Brasil é uma potência educacional na América Latina e há um número grande de jovens chineses estudando no Brasil. Ele afirmou também que a China gostaria que o Brasil usasse mais os recursos do Banco dos BRICS para promover desenvolvimento principalmente neste momento de crise. De acordo com ele, dos cinco países membros do BRICS, o Brasil foi o que menos usou recursos do banco. Paro o embaixador, o fundo do banco é para ser usado para dar melhores condições de vida às populações dos países que fazem parte do grupo.

Ele falou ainda da solidariedade do governo chinês com o mundo neste momento de pandemia do coronavírus e listou algumas medidas adotadas pela China para ajudar os países mais afetados pelo vírus. Para o Brasil, a China vai enviar o segundo lote de equipamentos para o estado do Amazonas no mês que vem no valor de R$ 500 milhões. Relatou ainda que seu país já doou mais de US$ 50 milhões à Organização Mundial da Saúde (OMS) e que o presidente, XI Jinping, já autorizou ajuda de US$ 50 bilhões à África para os próximos três anos. Porém, o embaixador da China no Brasil se mostrou bastante descontente sobre a oposição dos Estados Unidos à implantação no País da tecnologia 5G pela empresa chinesa Huawei. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.