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17/Jun/2020

Brasil: retomada mais lenta que os demais países

De acordo com um levantamento que cruza previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) com a edição mais recente do Boletim Focus, do Banco Central, a recuperação do mundo após a pandemia do novo coronavírus será mais difícil agora do que foi em recessões anteriores, especialmente para o Brasil. Nove em cada dez países devem atravessar esta crise melhor do que o Brasil. A expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro desabe este ano e tenha uma recuperação tímida no ano que vem, com o impacto econômico das medidas de isolamento social implementadas para conter a Covid-19. No biênio 2020/2021, o PIB deve cair 1,6%. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Brasil ficará na 171ª posição entre 192 países.

Na lista dos sul-americanos, apenas a Venezuela terá um resultado pior e deve ficar em penúltimo lugar. Enquanto isso, a China, onde a epidemia começou, poderá crescer 5,1%. O Brasil vive uma crise de saúde e uma crise política ao mesmo tempo, isso não tem paralelo internacional. O otimismo do começo do ano com o País ficou para trás e os principais agentes preveem uma queda forte para a economia nacional este ano. As perspectivas do FMI e do Focus estão até otimistas, na comparação com outros agentes internacionais, como o Banco Mundial, que já espera uma queda de 3% para o País neste biênio. O FMI deve fazer uma nova rodada de previsões no mês que vem e o desempenho esperado para o Brasil deve ser ainda pior. Um agravante para o baixo desempenho da economia brasileira é que o País já crescia pouco mesmo antes da pandemia.

Desde 2017, o Brasil vinha crescendo na casa de 1%, após duas quedas seguidas de mais de 3%. O País estava atrás da maior parte do mundo: para se ter uma ideia, sete em cada dez países cresceram mais do que o Brasil no ano passado. O Brasil veio de uma recessão forte e não conseguiu sair rápido dela. O País entrou na crise atual com desemprego em dois dígitos e quase 70 milhões de vulneráveis. Já sob efeito da pandemia, a desocupação era de 12,6% no trimestre até abril, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A crise da Covid-19 deve marcar uma geração. Órgãos como a OCDE (o clube dos países ricos) falam que será a pior crise em cem anos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.