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15/Jun/2020

Economia global dá primeiros sinais de recuperação

Segundo informações dos Barômetros Globais Coincidente e Antecedente da Economia, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a economia mundial deu um primeiro sinal de reação desde o início da pandemia do novo coronavírus. Houve avanços em junho após três meses consecutivos de quedas. Há ainda muita incerteza, mas o tímido movimento de junho pode sinalizar a entrada da economia mundial numa fase de gradual recuperação. O Barômetro Coincidente reflete o estado atual da atividade econômica. O Barômetro Antecedente emite um sinal cíclico cerca de seis meses à frente dos desenvolvimentos econômicos reais. O Barômetro Global Coincidente subiu 4,8 pontos em junho ante maio, ao passar de 45,0 pontos para 49,8 pontos, o segundo menor nível da série histórica iniciada em 1991. Houve crescimento nas regiões da Ásia, Pacífico e África e Europa, mas nova queda no Hemisfério Ocidental. O Barômetro Global Antecedente subiu 6,6 pontos em junho ante maio, de 43,6 pontos para 50,2 pontos, também o segundo menor patamar histórico, com elevação nas três regiões pesquisadas.

Enquanto alguns indicadores importantes sugerem que o pior momento do impacto da pandemia sobre o nível de atividade já teria sido atingido, diferentes medidas de estímulo adotadas por autoridades econômicas em todo mundo vêm afetando positivamente as expectativas em relação à retomada, com efeitos significativos sobre preços de ativos financeiros e commodities. Os barômetros coincidente e antecedente em junho captam esse movimento, mas a interpretação dos resultados deve levar em conta por um lado ainda a presença de alguma heterogeneidade entre regiões e setores, e por outro o fato da base de comparação estar situada nos menores níveis da série histórica, o que evidencia ainda uma considerável incerteza sobre o ritmo da recuperação nos próximos meses. O cálculo dos dois Barômetros inclui a seleção de variáveis, em que são usados como critério a correlação das séries com a série de referência (PIB mundial). A segunda etapa da metodologia combina as variáveis selecionadas e transformadas nos respectivos indicadores compostos.

Ambos compreendem os resultados de pesquisas de tendências econômicas realizadas em mais de 50 países. O Barômetro Coincidente inclui mais de 1.000 séries temporais diferentes, enquanto o Barômetro Antecedente possui mais de 600 séries temporais. No Barômetro Coincidente, a alta em junho representou uma recuperação de apenas 10% das perdas ocorridas nos três meses anteriores. A maior contribuição para o resultado do mês foi da região da Ásia, Pacífico e África, onde o Barômetro Coincidente subiu 8,7 pontos. A segunda maior contribuição foi da Europa, cujo indicador avançou 2,9 pontos. O Hemisfério Ocidental (América do Norte, América Latina e Caribe) contribuiu de forma negativa para o resultado, devido a um declínio de 3,3 pontos. No Barômetro Antecedente, todas as regiões contribuíram para a alta do indicador em junho, mas o destaque foi a região da Ásia, Pacífico e África, que subiu 9,4 pontos. A Europa teve aumento de 2,6 pontos, enquanto o Hemisfério Ocidental avançou 1,6 ponto. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.