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08/Jun/2020

Inflação: commodities pressionaram no atacado

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o aumento nos preços de commodities em maio pressionou a inflação no atacado dentro do Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) do mês. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) passou de uma alta de 0,11% em abril para um avanço de 1,77% em maio. No mesmo período, o IGP-DI saiu de 0,05% para 1,07%. Nesta apuração, o IPA respondeu integralmente pela aceleração do IGP-DI. A elevação do preço de commodities importantes, como soja (7,18% para 8,59%) e minério de ferro (8,02% para 12,32%), somado ao aumento dos preços dos combustíveis, principalmente da gasolina (-30,44% para 11,21%), contribuiu para o avanço da taxa do indicador.

Os demais índices componentes do IGP-DI seguiram em direção oposta, especialmente o IPC-DI (-0,54%), que registrou a maior queda dentro do período de estabilização da inflação. A série histórica do IPC-DI, iniciada em fevereiro de 1944, mostra que esta é a maior queda desde junho de 1957, quando o índice caíra 1,08%. Na análise por estágios de processamento, o grupo Bens Finais passou de queda de 0,22% em abril para alta de 1,24% em maio, puxado pelo subgrupo combustíveis para o consumo, que saiu de -25,02% para 5,89% no período. A taxa do grupo Bens Intermediários passou de -2,02% em abril para -0,09% em maio, sob influência do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, que saiu de -22,11% para -6,48% no período.

O estágio das Matérias-Primas Brutas teve elevação de 4,15% em maio, ante uma alta de 2,65% em abril. Houve impacto dos itens minério de ferro (de 8,02% em abril para 12,32% em maio), aves (de -5,49% para 3,20%) e soja em grão (de 7,18% para 8,59%). Os itens que evitaram uma elevação maior foram milho em grão (de -1,79% para -6,40%), café em grão (de 6,63% para -1,05%) e leite in natura (de 1,12% para -2,26%). A alta mais branda no custo da alimentação pressionou menos o Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) em maio. O IPC-C1 saiu de uma elevação de 0,04% em abril para uma queda de 0,30% em maio. Sete das oito classes de despesa registraram taxas de variação mais baixas:

Alimentação (de 1,29% em abril para 0,67% em maio), Habitação (de 0,16% para -0,25%), Educação, Leitura e Recreação (de -0,76% para -1,97%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,29% para 0,19%), Despesas Diversas (de 0,34% para 0,14%), Transportes (de -1,87% para -1,97%) e Comunicação (de 0,05% para 0,03%). Houve influência dos itens laticínios (de 3,25% para -0,17%), tarifa de eletricidade residencial (de 0,13% para -0,83%), cursos formais (de -0,67% para -2,14%), medicamentos em geral (de 0,24% para 0,03%), alimentos para animais domésticos (de 2,07% para 0,57%), óleo diesel (de -4,68% para -8,47%) e tarifa de telefone residencial (de 0,18% para -0,01%). Na direção oposta, o grupo Vestuário recuou menos, de -0,24% em abril para -0,17% em maio, sob impacto de itens como acessórios do vestuário (de -0,14% para 0,48%). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.