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05/Jun/2020

Ritmo de vendas da safra 2020/2021 está menor

Segundo o Itaú BBA, os recuos recentes do dólar ante o Real devem contribuir para reduzir o ritmo de comercialização de grãos do Brasil porque produtor já negociou volume expressivo da safra de verão (1ª safra 2020/2021) antecipadamente. Comparado com anos anteriores, olhando para a safra de verão, há um nível recorde de fixação. Na hora que o produtor incorreu em custo, já fixou o produto e o câmbio, aproveitando o bem o momento. Quando o dólar voltar, vai travar menos. O produtor já está com custos bem fixados: especialmente em Mato Grosso, a compra de pacote (de insumos para a safra 2020/2021) estava bastante adiantada. Agora, há uma diminuição do ritmo de fixação.

A despeito das desvalorizações recentes do dólar, as relações de troca ainda são favoráveis se comparadas com a média histórica. Quanto ao efeito do aumento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China, apesar dos atritos entre os dois países, o sistema de reporte de vendas externas dos Estados Unidos continua veiculando negócios para a China tanto da safra 2019/2020 como da 2020/2021. Até agora, apesar desse aumento da escalada comercial, aparentemente os embarques norte-americanos para a China estão começando a ganhar um pouquinho mais de velocidade, tanto para agora quanto para a contratação da próxima safra.

No curto prazo, a piora na relação entre os dois países pode causar deslocamento de demanda para o Brasil, mas no longo prazo é prejudicial para o crescimento econômico mundial. Em termos comerciais, a gente não enxerga incentivo muito grande para eles piorarem muito a coisa de novo, porque as economias já estão machucadas, inclusive com a Covid-19 a situação fica pior. E, especificamente falando dos Estados Unido, há eleições em breve, e Donald Trump se dá melhor só com a retórica mais dura, que ganha alguns votos para ele, do que com a consequência econômica de entrar em conflito com a China de novo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.