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01/Jun/2020

PIB da Agropecuária em 2020 revisado para baixo

A Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) revisou sua estimativa de crescimento para o Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária em 2020 de alta entre 3,5% e 4% para avanço de 2,5%. A revisão deve-se aos efeitos climáticos adversos que prejudicaram a produtividade de soja, milho e milho 2ª safra de 2020 e aos impactos do novo coronavírus na cadeia agropecuária, com as medidas de isolamento social adotadas para controle da doença. Para o PIB geral do País, a CNA espera recuo de 5,8% no ano, com viés de baixa. Se confirmadas as projeções, a participação do agronegócio no PIB nacional deve passar de 21,4% em 2019 para 23,6% ao fim deste ano. Mesmo que apresente maior resiliência na comparação com outros setores, a agropecuária não deve passar ilesa dos reflexos econômicos da Covid-19. O setor, geralmente, apresenta efeito retardados da crise.

Agora, o setor acompanha com preocupação o preparo da safra 2020/2021. O receio é principalmente com os produtores que ainda não adquiriram pacote tecnológico para a próxima safra. Quem adquiriu em janeiro, comprou os insumos com dólar em R$ 4,40. Agora, o dólar está no patamar de R$ 5,40, o que vai corroer a rentabilidade do produtor e fazer com que opte por um pacote tecnológico menor. Isso pode se refletir na produtividade da safra e, consequentemente, na produção agropecuária geral. Quanto ao primeiro trimestre deste ano, o desempenho da agropecuária é considerado satisfatório. Os destaques positivos foram o aumento de produtividade na soja e no arroz, enquanto a queda no rendimento do milho pesou sobre o resultado. A pecuária não contribuiu para o crescimento.

O desempenho da pecuária veio abaixo do que estava sendo observado, em virtude da sazonalidade do consumo, da menor importação da China no início do ano e do impacto do fechamento de restaurantes na cadeia de pescados. Para o segundo trimestre deste ano, a expectativa é ver a continuidade do crescimento do PIB agro, puxado pela postergação da safra de milho, pela colheita de cana-de-açúcar, café e citros. O setor sucroenergético está sofrendo em rentabilidade, com queda no consumo do etanol e recuo dos preços internacionais do adoçante, mas a produção do segundo trimestre deve ser firme e até melhor que a contribuição dada pela agropecuária em igual período do ano passado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.