29/Mai/2020

Segundo o Instituto Brasileiro de Economia e Estatística (IBGE), a pandemia do novo coronavírus provocou uma perda generalizada de postos de trabalho no trimestre encerrado em abril. Os mais impactados foram os trabalhadores informais. As demissões foram recordes em sete dos dez grupos de atividades econômicas, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). De dez grupamentos de atividades, houve queda significativa em sete. E esses sete que caíram registraram quedas recordes. O mês de abril teve um desempenho totalmente atípico. De fato, o isolamento social tem um peso bastante importante na resposta desses movimentos no mercado de trabalho.

O País alcançou uma taxa de informalidade de 38,8% no mercado de trabalho no trimestre até abril, com 34,6 milhões de trabalhadores atuando na informalidade. O resultado significa 3,721 milhões de trabalhadores informais a menos em apenas um trimestre. A maior parte (76%) da queda da ocupação foi referente a trabalhadores informais. Houve queda da informalidade, mas não por uma formalização da ocupação. Todos estão perdendo, estão saindo da ocupação, mas os informais com uma intensidade muito maior. Essa queda não está associada a uma melhora qualitativa do mercado de trabalho, ela está associada a uma dispensa intensa, uma perda da ocupação tanto pelos formais quanto pelos informais.

O País registrou a demissão de 1,547 milhão de pessoas sem carteira de trabalho no setor privado no trimestre encerrado em abril, enquanto outros 1,196 milhão de trabalhadores por conta própria perderam suas ocupações. Mais 1,504 milhão de vagas com carteira assinada foram extintas em um trimestre, e 736 mil trabalhadores domésticos perderam seus empregos no período. O setor público abriu 379 mil vagas em um trimestre, num movimento sazonal e contratação de mão de obra após as dispensas também sazonais no fim do ano anterior. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.