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29/Mai/2020

OCDE: comércio do G20 tem queda no 1º trimestre

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o comércio internacional entre os países que fazem parte das 20 maiores economias do globo, incluindo o Brasil, sofreu no primeiro trimestre com as medidas dos governos para evitar a maior propagação de coronavírus e tende a cair mais de abril a junho. Em comparação com o quarto trimestre de 2019, as exportações cederam 4,3% e as importações recuaram 3,9%, e agora estão nos níveis mais baixos desde o segundo trimestre de 2017. Em todo o grupo, as vendas no trimestre somaram US$ 3,451 trilhões e as compras, US$ 3,468 trilhões. Os dados são atualizados e ajustados sazonalmente. As medidas de contenção da Covid-19, introduzidas em muitos países em março, atingiram fortemente o comércio de mercadorias do G20 no primeiro trimestre de 2020.

As primeiras indicações para abril apontam para quedas mais acentuadas no segundo trimestre, com as exportações da Coreia do Sul e do Japão, por exemplo, caindo 21,5% e 10,6%, respectivamente, em comparação com março de 2020. O impacto no comércio internacional nas economias do G20 variou bastante no primeiro trimestre devido a diferenças na taxa de propagação de Covid-19, nas estratégias de contenção e na extensão de sua exposição a outros países afetados pelos bloqueios. França, Índia, Itália e Reino Unido, que introduziram bloqueios em todo o país em março, viram suas exportações caírem 7,1%, 9,2%, 4,9% e 7,8%, respectivamente, enquanto as importações cederam 7,0%, 2,3%, 5,6% e 6,5% respectivamente.

O comércio da Alemanha teve um desempenho levemente melhor do que em outras economias da União Europeia do G20, com as vendas caindo 3,5% e as compras, 2,4%. Na China, as exportações diminuíram 9,3% e as importações 7,0% no primeiro trimestre de 2020, enquanto no Japão as exportações tiveram decréscimo de 4,0% e as importações, de 4,4%. O comércio manteve-se razoavelmente bem na Coreia do Sul (as exportações aumentaram 3,3%, enquanto as importações recuaram 1,2%), embora com considerável volatilidade durante o trimestre, refletindo perturbações nas cadeias de suprimentos asiáticas após o surto inicial da epidemia na China. As exportações da Austrália cederam 3,7%, refletindo a demanda reduzida de parceiros asiáticos.

Ao mesmo tempo, as vendas da Rússia e da Arábia Saudita perderam 9,9% e 10,2%, respectivamente, após o colapso dos preços do petróleo. No Canadá e nos Estados Unidos, as vendas recuaram 4,2% e 1,9%, respectivamente, mas as exportações do México tiveram um leve aumento (1,0%). O Brasil, que foi inicialmente menos exposto no primeiro trimestre de 2020 ao surto de Covid-19 do que a maioria das outras economias do G20, resistiu à tendência geral com exportações e importações subindo (em 0,9% e 2,8%). Vale lembrar que as medidas de contenção no Brasil começaram a ser aplicadas em abril. No País, as vendas somaram US$ 55,9 bilhões de janeiro a março e as compras, US$ 44,7 bilhões. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.