28/Mai/2020
De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (27/05) pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a pandemia do coronavírus levou a um número recorde de desligamentos em abril, com o saldo entre contratações e demissões ficando negativo em 860.503. O número é o maior já registrado no mês de abril na série histórica, que tem início em 1992, o pior desempenho para o mês havia sido em abril de 2015, que registrou saldo negativo de 97.828. De janeiro a abril, o saldo negativo de 763.232 também é o pior da série disponibilizada pelo Ministério da Economia, que tem início em 2010. Todos os setores econômicos registraram saldo negativo de empregos em abril, mês inteiramente afetado pela pandemia do novo coronavírus. O fechamento foi puxado pelo setor de serviços, com saldo negativo de 362.378 vagas.
Em segundo lugar, veio comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, com fechamento de 230.209 vagas. A indústria em geral foi responsável por um resultado negativo de 195.968 postos, e a construção perdeu 66.942 vagas. Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foram os setores que menos fecharam postos, com saldo negativo de 4.999 vagas. Dentro do setor de serviços, o pior resultado ficou Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com 129.151 vagas fechadas. Em seguida vem Alojamento e alimentação, que perdeu 127.876 postos. Em terceiro está Transporte, Armazenamento e correio (-51.067), outros serviços (-30.748), Administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (-23.503), e Serviços domésticos (-33).
No acumulado de janeiro a abril, o setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve saldo positivo de postos em 10.032. Os outros setores todos ficaram com resultados negativos. O pior resultado entre janeiro e abril foi de Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com fechamento de 342.748 vagas. Depois vem o setor de serviços, com menos 280.716 postos. Em seguida está Indústria geral (-127.886), e depois Construção (-21.837). Em janeiro, o setor de agricultura, produção florestal, pesca e aquicultura teve saldo positivo de 16.447 vagas. Em fevereiro, foram 5.233 postos. Em março, o resultado se torna negativo, com fechamento de 6.649 vagas.
Na indústria geral, janeiro registrou criação de 58.364 vagas e em fevereiro foram 41.804 postos. Já em março, o resultado é revertido e 32.086 vagas são fechadas. Na construção, o saldo foi positivo em janeiro com 34.441 postos. Fevereiro teve resultado positivo de 26.229. Em março, o fechamento de vagas ficou de 15.565. No Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas já foi registrado saldo negativo em janeiro, com fechamento de 50.922 vagas. Em fevereiro, houve criação de 12.986 postos, e em março, fechamento 74.603 vagas. Em serviços, o saldo foi positivo em janeiro, com 54.844 postos. Em fevereiro, foram 138.585 vagas criadas. Em março, o número reverte e 111.767 vagas são fechadas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.