25/Mai/2020

Segundo o Insper Agro Global, a pandemia de Covid-19 é uma grande oportunidade para o Brasil reposicionar a imagem no exterior como um fornecedor confiável de alimentos, tanto em quantidade como em qualidade. Não basta mostrar capacidade de produção, é preciso comprovar a sanidade da agropecuária local. Essa oportunidade exige ações mais organizadas do Estado e uma presença maior do setor privado, chegando no mercado final, conversando com todos os atores, explicando coisas importantes do Brasil tanto na área da sustentabilidade como cada vez mais da sanidade. Um exemplo é a discussão sobre regularização fundiária. Está ocorrendo o debate sobre a regularização fundiária no Brasil, que é um tema importantíssimo e antigo, e não há nenhum documento em inglês feito pelos brasileiros explicando o que está acontecendo. A resolução do problema de titulação de terras é fundamental para a redução do desmatamento ilegal.

É importante aumentar a capacidade de comunicação em inglês e ter muito mais presença nos mercados, não só na Europa, mas na China. A sanidade dos alimentos vai emergir como uma das questões mais importantes no mundo pós Covid-19, com a sustentabilidade e a saúde humana. Vai ter grande esforço por mais certificação, rastreabilidade, digitalização e controle sanitário. É importante diversificar mercados e produtos na pauta de exportação brasileira, mas é necessário manter uma boa relação com a China, que é o grande país que compra os produtos brasileiros. Para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a China não está só preocupada com produto agropecuário barato, mas também com qualidade. O Brasil precisa melhorar muito os indicadores de boas práticas agropecuárias.

Ressalta-se a necessidade de investimento crescente em tecnologia para aprimorar o uso de insumos na agropecuária brasileira. O que foi feito no passado, assegurou ao País chegar até o ponto atual. Mas, as tecnologias que o Brasil conquistou, dominou e aplicou para chegar até aqui não são as tecnologias que levarão ao futuro. A China vem investindo na inovação para superar gargalos na produção local e na diversificação de fontes de suprimento. Esse “casamento” China e Brasil hoje é uma realidade, mas a China não está parada. A Faculdade de Economia e Administração (FEA-USP) destacou que, para se manter como grande player do agronegócio mundial, o Brasil deve intensificar a adoção de tecnologias como georreferenciamento e uso de drones para viabilizar a rastreabilidade dos produtos. São necessárias políticas públicas para garantir esse avanço. A internet no campo é uma necessidade e precisa uma política pública para levar internet para o campo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.