19/Mai/2020
Segundo o Itaú BBA, dos vinte principais produtos da cesta de exportação do agronegócio, somente cinco tiveram alta de preço em dólares no mês passado em comparação a abril de 2019. Os números foram compilados a partir dos dados consolidados de embarques ao exterior da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia. Os itens que tiveram maior aumento de preço em dólar foram milho (120%), carne bovina in natura (15,8%) e carne suína in natura (13,9%), enquanto as maiores baixas foram em celulose (-25,2%), suco de laranja concentrado e congelado (-24,6%) e etanol (-21,5%). Entretanto, a moeda brasileira acumula desvalorização de 36,4% na comparação com abril do ano passado.
Quanto aos volumes embarcados em relação a igual mês de 2019, o destaque foi o etanol, com aumento de 1.822%, puxado pelas compras da Coreia do Sul para o abastecimento do mercado face à volta da circulação de carros no país. Contudo, as exportações do produto somaram apenas 64,4 mil metros cúbicos, equivalente a 5,4% do consumo em março no Brasil. Outro destaque em volume foi o complexo soja, com os embarques do grão (16,3 milhões de toneladas) e do óleo (116.842 toneladas) ganhando força com o aumento das aquisições dos países asiáticos. O aumento foi de 73% para ambos os produtos. Do outro lado da balança, os itens que tiveram maior queda em volume foram milho (-98,3%), fumo (-27,3%) e produtos de couro (-21,1%).
O volume exportado de café verde praticamente se manteve em relação a igual período do ano passado (-0,3%), mas ainda assim ficou acima do esperado, dado que a safra atual foi 21% menor. No açúcar bruto, o aumento foi de 29,9% em relação a abril de 2019, enquanto o incremento no refinado foi de 14,7% na mesma base de comparação. Esse movimento se dá devido ao prêmio do (açúcar) branco atrativo frente ao VHP, o que tem aquecido a demanda nos portos globais. No algodão, o volume exportado foi 22,6% superior a abril de 2019, apesar das quarentenas asiáticas e de possíveis atrasos de embarques. Os preços de exportação da fibra cederam 13,8% ante igual mês do ano anterior, influenciados pelo cenário recessivo e pelas quedas dos preços do petróleo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.