18/Mai/2020
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na sexta-feira (15/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupação teve um avanço estatisticamente significativo em 12 das 27 Unidades da Federação na passagem do quarto trimestre de 2019 para o primeiro trimestre de 2020. Nas demais 15 Unidades da Federação o resultado foi considerado estatisticamente estável. A taxa de desocupação no total do País no primeiro trimestre foi de 12,2%, ante 11,0% no quarto trimestre de 2019. No primeiro trimestre do ano passado, a taxa de desocupação era de 12,7%. Em São Paulo, a taxa de desocupação aumentou de 11,5% no quarto trimestre de 2019 para 12,2% no primeiro trimestre deste ano. No primeiro trimestre, as maiores taxas de desemprego foram observadas na Bahia (18,7%), Amapá (17,2%), Alagoas (16,5%) e Roraima (16,5%).
Os menores resultados ocorreram em Santa Catarina (5,7%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Paraná (7,9%). No primeiro trimestre de 2020, o País tinha 3,1 milhões de pessoas em busca de emprego por dois anos ou mais. No quarto trimestre de 2019, esse contingente era de 2,9 milhões de desempregados em busca de uma vaga há tanto tempo. Em um trimestre, 200 mil pessoas a mais passaram a essa condição. Em relação ao primeiro trimestre de 2019, diminuiu em 7,4% o contingente de desempregados há pelo menos dois anos. No primeiro trimestre de 2020, outros 1,614 milhão de trabalhadores procuravam emprego há mais de um ano, mas menos de dois anos. O grosso dos desempregados no quarto trimestre, 5,847 milhões, estava em busca de uma vaga havia pelo menos um mês, mas menos de um ano. No quarto trimestre de 2019, havia 5,2 milhões de pessoas em busca de emprego há pelo menos um mês, mas menos de um ano, cerca de 600 mil pessoas a mais nessa condição. Na faixa dos que tentavam encontrar um trabalho havia menos de um mês estavam 2,314 milhões de pessoas.
O número de desempregados há menos de um mês cresceu 9,8% no primeiro trimestre de 2020 ante o primeiro trimestre de 2019. No quarto trimestre de 2019, havia 1,9 milhão de desempregados nessa condição, ou seja, 400 mil pessoas a mais buscavam emprego há menos de um mês em apenas um trimestre. Houve uma tendência de crescimento nas pessoas que procuram emprego há menos tempo. A taxa de desemprego entre as mulheres brasileiras foi de 14,5% no primeiro trimestre do ano, 39,4% superior à taxa de desocupação de 10,4% dos homens. Na média global, a taxa de desemprego foi de 12,2% no primeiro trimestre. Essa diferença (entre homens e mulheres) já foi muito maior, de 64,5% no início da série, veio caindo, chegou a 27,6% em 2017, e está aumentando até agora. O nível da ocupação dos homens foi estimado em 63,5% no primeiro trimestre, enquanto o das mulheres ficou em 44,5%. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.