06/Mai/2020
As vendas externas da agropecuária brasileira tiveram um crescimento de 17,5% pela média diária nos quatro primeiros meses do ano, comparando com igual período do ano anterior. Apesar da pandemia da Covid-19, o trabalho de abertura de mercado para os produtos agropecuários brasileiros continua trazendo bons resultados para o país. Houve aumento das exportações para a Ásia, com destaque para a China. Os produtos que tiveram aumento no período foram: soja (+29,9%, de US$ 8.968,3 milhões para US$ 11.653,7 milhões), algodão (+69,5%, de US$ 659,2 milhões para US$ 1.117,6 milhões), madeira (+28,9%, de US$ 26,1 milhões para US$ 33,6 milhões) e mel natural (+17,2%, de US$ 18,4 milhões para US$ 21,6 milhões).
No mês de abril de 2020 as exportações brasileiras somaram US$ 18,312 bilhões e as importações, US$ 11,611 bilhões, com saldo positivo de US$ 6,702 bilhões e corrente de comércio de US$ 29,923 bilhões. No ano, as exportações totalizam US$ 67,833 bilhões e as importações, US$ 55,569 bilhões, com saldo positivo de US$ 12,264 bilhões e corrente de comércio de US$ 123,402 bilhões. Diferentemente do quadro mundial, o Brasil manteve sua balança praticamente estável. Alguns produtos do agronegócio bateram recordes históricos mensais de exportações em volume no mês de abril, como soja, com 16,3 milhões de toneladas; farelo de soja, com 1,7 milhão de toneladas; carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, com 116 mil toneladas; carne suína, com 63 mil toneladas e algodão, com 91 mil toneladas.
Por outro lado, tiveram quedas: trigo, centeio e milho, café, animais vivos, frutas e nozes. As exportações brasileiras (de todos os setores) para a Ásia subiram 15,5% no primeiro quadrimestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2020. O mercado asiático passou a representar 47,2% do total de nossas exportações. Apesar do impacto da pandemia sobre a economia chinesa, as exportações brasileiras para a China cresceram 11,3% no período, com destaque para a soja (+28,5%), carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (+85,9%), carne suína fresca, refrigerada ou congelada (+153,5%) e algodão (+79,0%). Os números do primeiro quadrimestre mostram que, em dólares, a China comprou do Brasil o triplo do importado pelos Estados Unidos e o dobro demandado pela União Europeia. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.