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28/Abr/2020

CRAs em dólar adiados para depois da pandemia

Os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) referenciados em dólar vêm sendo adiados por investidores estrangeiros em virtude das incertezas trazidas pela pandemia de Covid-19. Os fundos se voltaram a mercados mais "maduros", como o europeu e o norte-americano. A maioria prefere adiar o CRA em dólar. A remuneração esperada por investidores, e que teria de ser paga pelo tomador, também subiu com o maior risco no mercado.

Apesar do freio, o título é visto como nova via para o custeio de agricultores exportadores. Os títulos foram regularizados pela lei 13.986, sancionada no último 7 de abril. O CRA em dólar deve beneficiar médios e grandes produtores. A estimativa é de que o total de CRAs em dólar emitidos (estoque) pode se igualar, em 12 meses, ao dos mesmos títulos em real, hoje de R$ 41,4 bilhões, o que equivaleria a US$ 7,4 bilhões em CRAs. Há potencial para o papel atrair dinheiro de investidores de "green bonds", desde que financie atividades com impacto ambiental positivo.

Ainda que o destino final do dinheiro obtido por CRA em dólar seja o produtor, as captações tendem a ser feitas, majoritariamente, por empresas de agroquímicos, revendas de insumos e tradings de grãos. Juntas, elas financiam hoje mais de 50% dos R$ 260 bilhões necessários por ano para o custeio das lavouras. As indústrias de insumos tomam recursos com a matriz (para antecipar produtos para revendas ou produtores). O CRA cambial será uma fonte alternativa. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.