24/Abr/2020
O Banco Mundial reconheceu que a pandemia de coronavírus afetou tanto demanda quanto a oferta de commodities, mas ponderou que a verdadeira escala e duração dos impactos vão depender da evolução do vírus e das respostas de governos à crise. A pandemia tem o potencial de causar mudanças permanentes na demanda e na oferta de commodities, e sobretudo nas cadeias produtivas que levam esses produtos de produtores a consumidores. No setor de energia, a projeção é de que a demanda por petróleo cairá 9,3 milhões de barris por dia (bpd) este ano, a cerca 91,7 milhões de bpd.
Com isso, o preço médio ficará em US$ 35,00 por barril, uma queda de 43% em relação a 2019, embora não tenha sido especificado qual dos tipos de óleo é usado como referência. Os esforços recentes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), com ajuda de aliados, para cortar produção aliviarão algumas das pressões. No entanto, no longo prazo, o novo arranjo, à medida que apoia os preços, ficará sujeito às mesmas forças: emergência de novos produtores, além de substituição e ganhos de eficiência, que levaram ao colapso de acordos anteriores.
Em relação às commodities agrícolas, a percepção é de que a maioria dos mercados alimentícios está bem abastecida, apesar de preocupações sobre segurança alimentar terem surgido em meio ao anúncio de restrições à exportação de alimentos. O Banco Mundial se junta a outras organizações no pedido por ações coletivas para manter comércio de alimentos fluindo entre países. Diante do cenário, os países emergentes e dependentes das commodities estão entre os mais vulneráveis na crise da Covid-19, com redução na demanda por exportações e disfunções nas cadeias produtivas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.