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23/Abr/2020

Brasil defende a retirada de barreiras e subsídios

Em videoconferência com ministros da Agricultura dos países do G20 para discutir o impacto do Coronavírus sobre o setor, a ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) alertou para a necessidade de rever neste momento barreiras comerciais injustificáveis e subsídios que premiam a ineficiência e podem afetar o abastecimento de alguns países. Ela afirmou que o Covid-19 oferece a oportunidade de repensar o comportamento coletivo. Juntos, os países vencerão a luta contra a doença e emergirá uma mentalidade para finalmente alcançar segurança alimentar global estável e meios de vida decentes para toda a humanidade. A posição do Brasil foi convergente com a de outros países como Estados Unidos, China, Alemanha e Emirados Árabes. Organizado pela presidência temporária do G20, a videoconferência teve como objetivo aprimorar a cooperação global e garantir o fluxo de produtos agrícolas para proteger a segurança e nutrição alimentar global durante a pandemia.

Para a ministra, felizmente, a curto prazo, há comida suficiente para todos. Mas, é preciso trabalhar os desafios de abastecimento mundial impostos pelo Covid-19. Segundo Tereza Cristina, o Brasil é um parceiro confiável no fornecimento de alimentos e tem demonstrado capacidade para suprir as necessidades de mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo. O Brasil já demonstrou por nossas ações que é um parceiro confiável, responsável e solidário. Por reciprocidade, o País quer ter um forte compromisso do resto da comunidade internacional. Estabilidade e previsibilidade no lado da oferta exigem estabilidade e previsibilidade no lado da demanda. A ministra alertou que as barreiras comerciais não devem ser levantadas apenas quando ocorrer uma calamidade ou sempre que for conveniente para combater o medo da escassez de alimentos. Medidas efetivas para realmente melhorar a subsistência dos mais vulneráveis são necessárias. A perpetuação do protecionismo não é aceitável.

A ministra também criticou o uso de subsídios neste momento da crise, pois acabam criando uma concorrência desleal para países em desenvolvimento e afetam as condições de vida no campo. O comércio agrícola justo permitiria a disseminação de melhores condições nas áreas rurais, onde a maior parte da pobreza do mundo está concentrada. Para Tereza Cristina, o Brasil está preparado para fazer sua parte e se compromete não apenas como um dos protagonistas na produção agrícola mundial, mas também como defensor da transformação positiva em benefício das gerações futuras. A reunião virtual contou com a participação da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Organização Mundial do Comércio (OMC) e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.