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15/Abr/2020

FMI: coronavírus é ameaça à estabilidade global

Segundo o Fundo Monetário Internacional, no Relatório de Estabilidade Financeira Global, a piora adicional da recessão global provocada pelo coronavírus pode ameaçar a estabilidade global. Os bancos centrais foram a primeira linha de defesa de economias para combater a crise, pois cortaram juros, proveram liquidez a mercados e garantiram linhas de swaps. Os bancos centrais expandiram balanços em US$ 6 trilhões para combater a crise. As condições financeiras globais estão mais apertadas do que no começo do ano, antes do surgimento da pandemia da Covid-19. Neste contexto, mercados emergentes registraram saída de capitais com a crise do coronavírus. Os bancos privados estão em melhor posição atualmente do que na Grande Recessão de 2008, com maior nível de capital e liquidez, mas a resiliência destas instituições financeiras pode ser testada com a aguda retração econômica. Os bancos centrais continuarão com o papel crucial para garantir a estabilidade de sistemas financeiros.

A política fiscal de países deve ser complementar às ações monetárias para colaborar na recuperação econômica. Com a grande crise global gerada pela pandemia do coronavírus mais de US$ 100 bilhões deixaram os mercados emergentes. Com a retração econômica, há espaço para emergentes cortar juros, o que estão fazendo. A crise é muito grave e é essencial adotar medidas para combatê-la. A pandemia de coronavírus representa uma ameaça muito séria à estabilidade do sistema financeiro global e expôs uma série de fragilidades nos mercados. As medidas de contenção da Covid-19, embora necessárias, têm causado um dramático declínio da atividade econômica, fazendo com que a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) mundial neste ano tenha caído de expansão de 3% para contração de 3%, mais acentuada do que a registrada durante a crise de 2008 e 2009. O impacto final dessa crise na economia global, assim como o ritmo de recuperação, ainda é altamente incerto.

Como sinal da gravidade das disfunções, é destaque a forte fuga de capitais verificada em países emergentes e as tensões nos mercados de financiamento, incluindo dólar. Esses desdobramentos ampliaram os riscos de que tomadores de empréstimos não consigam pagar suas dívidas. Um período prolongado de deslocamento nos mercados financeiros poderia desencadear problemas entre as instituições financeiras, o que, por sua vez, poderia levar a uma crise de crédito para mutuários não financeiros, exacerbando ainda mais a crise econômica. Autoridades de todo o mundo agiram para atenuar os efeitos da pandemia. Essas políticas são essenciais para garantir que uma paralisação temporária da produção não leve a danos permanentes à capacidade produtiva da economia, ao sistema financeiro e às condições da sociedade. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.