ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

14/Abr/2020

A pior crise econômica desde a Grande Depressão

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), a crise gerada pela pandemia de coronavírus terá as piores consequências econômicas desde a “Grande Depressão”, que ocorreu em 1929. Mais de 170 países registrarão crescimento negativo da renda per capita em 2020. A perspectiva sombria se aplica a economias avançadas e em desenvolvimento. A entidade tem US$ 1 trilhão em capacidade de empréstimo e está, junto com o Banco Mundial, pedindo uma paralisação do serviço de dívida aos credores bilaterais oficiais dos países mais pobres. Se a pandemia for controlada no segundo semestre do ano, o que permitiria um levantamento "gradual" das medidas de isolamento social e a reabertura das economias, a previsão é de uma recuperação parcial em 2021. Há muita incerteza em torno das perspectivas: pode piorar dependendo de muitos fatores variáveis, incluindo a duração da pandemia.

As ações tomadas agora determinarão a velocidade e a força da recuperação econômica global. Foram solicitadas medidas de distanciamento social, apoio aos sistemas de saúde e a proteção de pessoas e empresas afetadas. Além disso, é importante a redução do estresse no sistema financeiro. Os mercados emergentes e as nações de baixa renda estão em alto risco com a pandemia de coronavírus. Com menos recursos, estes países estão perigosamente expostos aos contínuos choques de demanda e oferta, aperto drástico nas condições financeiras e alguns podem enfrentar um peso insustentável da dívida. Há preocupação com os sistemas de saúde mais frágeis de países da África, América Latina e grande parte da Ásia. Muitos enfrentam o desafio de combater o vírus em cidades densamente povoadas e favelas em situação de pobreza.

Nos últimos dois meses, as saídas de capital dos mercados emergentes foram de cerca de US$ 100 bilhões, três vezes maiores que no mesmo período da crise financeira global de 2008. Os exportadores de commodities estão sofrendo um duplo golpe com o colapso dos preços destes produtos. Existem necessidades brutas de financiamento externo para os mercados emergentes e os países em desenvolvimento, da ordem de trilhões de dólares. Eles precisam urgentemente de ajuda. O principal fator desconhecido da crise provocada pelo coronavírus é o seu impacto duradouro na atividade econômica. Haverá mudanças estruturais, mas não se sabe como exatamente a economia estará e como as pessoas vão se comportar. A instituição está se preparando para uma segunda onda epidemiológica, caso ela ocorra. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.