08/Abr/2020

Segundo a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), setores do agronegócio defendem a antecipação do anúncio e da vigência do Plano Safra 2020/2021. Algumas linhas de crédito do Plano Safra 2019/2020, que termina em junho, se esgotaram em janeiro e fevereiro e a sinalização de novos recursos é necessária para assegurar a produção do agronegócio em tempos de pandemia do coronavírus. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, é sensível à ideia de antecipação do Plano Safra, conjunto de medidas de apoio, em especial crédito à produção, no período de julho de um ano a junho do ano seguinte. A ministra afirmou que a pauta está sendo discutida com o Ministério da Economia.

Tradicionalmente, o Plano Safra é divulgado no fim de maio e início de junho e entra em vigor em 1º de julho. O rápido esgotamento de recursos em 2020 foi uma exceção provocada pelo aumento na demanda por equipamentos maiores e mais tecnológicos para atender e possibilitar a janela de plantio cada vez mais curta. As linhas de financiamento do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e do Programa de Incentivo à Irrigação e à Armazenagem (Moderinfra) já se esgotaram. A única linha que ainda tem algum recurso é a Moderfrota (Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras), mas não se sabe o quanto resta.

É comum haver remanejamento de recursos quando alguma linha é esgotada. Neste ano, porém, a procura foi tão grande que não permitiu essa possibilidade. Em meio à conjuntura atual de crise por causa dos efeitos do novo coronavírus na economia, o setor pede também a adequação de taxas de financiamento às condições macroeconômicas atuais e a garantia de um volume de recursos suficiente para permitir maior previsibilidade aos produtores. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.