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02/Abr/2020

Produção e abastecimento seguem normalizados

A divulgação de um vídeo mentiroso sobre o esvaziamento de um Ceasa em Minas Gerais, feita pelo presidente Jair Bolsonaro, fez reacender a discussão sobre um eventual risco de falta de alimentos no País. Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, essa hipótese, no entanto, está completamente descartada, a não ser que haja paralisação de caminhoneiros. A preocupação hoje é trabalhar para que tenha fluxo. O principal é manter os caminhões. O governo tem conversado diariamente com lideranças dos caminhoneiros. O entendimento até agora é de que não há nenhum movimento de paralisação geral, mas existe preocupação dos motoristas que estão nas estradas, já que passam dias viajando sozinhos e, no caminho, podem não encontrar nenhum local de apoio funcionando, como restaurantes, hotéis, borracharias e mecânicas.

O ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, busca garantir a abertura de restaurantes na beira da estrada. O objetivo é ter o mínimo de condições nas estradas para os caminhoneiros. O Ministério da Infraestrutura tem identificado problemas pontuais de transporte, mas não enxerga nenhuma possibilidade de paralisação dos caminhoneiros. Tereza Cristina admite que, em algumas regiões, o transporte é uma preocupação maior, mas o governo tem atuado para negociar que as rotas não parem de prestar serviço. Neste momento adverso, é preciso trabalhar com a maior normalidade possível. Sobre as limitações de vendas de produtos que supermercados de todo o País têm feito, como é o caso do arroz, feijão, açúcar, leite e óleo, Tereza Cristina afirmou que se trata apenas de um controle para que todos os consumidores possam comprar e para que não se crie um vácuo entre a entrega das mercadorias nos pontos de venda e a compra pela população.

Num primeiro momento, a população estocou alimentos. Os supermercados não estão restringindo porque vai faltar produtos, mas para que as pessoas não comprem mais do que precisam. O medo de todo mundo é o fluxo da chegada dos produtos, não a falta de produção dele. No Ceasa de Extrema, na região de Belo Horizonte, não tem faltado produto, como divulgado na publicação de redes sociais. Ao contrário, o que tem faltado é comprador. Com o fechamento dos comércios e hotéis, os mercadões estão vivendo apenas da compra doméstica. O que está acontecendo é que as vendas estão mais fracas, pois não estão funcionando os restaurantes, hotéis, bares. Os Ceasas todos estão funcionando. Entre os produtores, está sendo priorizado aquilo que é mais emergencial, do pequeno produtor para o grande. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.