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01/Abr/2020

Cesta básica: preços avançam com maior demanda

Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o preço médio dos alimentos da cesta básica do brasileiro já sentiu o efeito da quarentena imposta pela pandemia do coronavírus, saltando de uma alta de 0,19% no dia 2 de março, contra 3 de fevereiro, para alta de 1,64% em 26 de março, ante a variação de 27 de fevereiro. Com as famílias mais tempo em casa, houve aumento da busca por alimentos nos mercados. Itens básicos que estavam com preço em queda na primeira aferição de março, passaram a subir no levantamento mais recente. O feijão carioca passou de uma queda de 2,16% para alta 0,58% na comparação, e o feijão preto, que havia caído 2,61% no início do mês, agora registra alta de 2,24%.

O arroz, já em alta na mediação anterior, de 1,17%, subiu para 1,74%, e os ovos tiveram o preço elevado de alta de 5,04% para 9,04%. A carne bovina registrava em 2 de março queda de 2,31% e, após o início da quarentena, está custando 0,25% a mais. O frango inteiro teve redução de preço, de queda de 1,47% para uma queda de 2,20% na mesma comparação. Além do aumento da demanda por alimentos, a estocagem também afetou os preços. Dois pontos principais explicam o avanço dos preços. Além do aumento da demanda por alimentos, pois todas as refeições estão sendo feitas em residência, houve aumento da estocagem de alimentos por receio de que o vírus se propague mais e expanda o período de confinamento social.

Os serviços "delivery" em operação servem como alternativa para as famílias, mas o nível de preços da alimentação preparada fora de casa é maior do que o da refeição preparada na residência. Como o orçamento de várias famílias foi afetado pela paralisação do comércio e dos serviços, muitas delas não dispõem de renda para arcar com os custos da alimentação fora de casa. A alta obedece ao princípio da oferta e demanda e muitas famílias com mais recursos acabam comprando antecipadamente os produtos que passam a faltar para as famílias de mais baixa renda. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.