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01/Abr/2020

Exportações: impactos negativos do coronavírus

Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o avanço da pandemia do coronavírus resultará em uma queda de, no mínimo, US$ 18,6 bilhões nas exportações brasileiras. A projeção representa um recuo de 8,3% nos valores vendidos ao exterior no ano passado. O estudo considera uma retração de 1,1% no Produto Interno Bruto (PIB) mundial devido ao avanço da doença, o que provocaria uma redução de 56 milhões de toneladas nos embarques de produtos brasileiros. O montante representa queda de 11% na comparação com o ano passado. A América Latina, grande destino dos produtos manufaturados do Brasil, poderá ter, nas próximas semanas, um aumento maior nas medidas para contenção do vírus, o que poderá vir a afetar ainda mais as exportações de manufaturas do Brasil. As previsões são baseadas em um cenário de recessão ampla e não considera a performance de países específicos, já que essas projeções ainda estão sendo revisadas.

Para a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), a redução nas exportações poderá ser ainda maior, principalmente por conta da queda no preço do petróleo. Outro produto importante da pauta exportadora brasileira que vem sofrendo os impactos da retração na demanda mundial é o minério de ferro. Os embarques do produto já caíram pela metade nos dois primeiros meses do ano, mas o preço vem se mantendo em patamar elevado. Entre os principais itens exportados, a soja vem apresentando embarques ainda normais porque a safra está no início. A única certeza é que as exportações vão cair, mas o quanto ainda não se sabe. A expectativa é de recuo também nas importações, que devem diminuir com o mercado interno desaquecido pelos impactos da Covid-19. Além da queda na demanda mundial, a pandemia tem provocado problemas logísticos, com medidas restritivas a cargas marítimas, rodoviárias e deslocamento de pessoas, o que pode aprofundar ainda mais a crise nos negócios.

Há navios que estão na China e não conseguem sair. Ainda não existe problema de oferta, a questão é o produto sair do produtor e chegar no destino. O câmbio desvalorizado representa uma janela a ser aproveitada pelos exportadores, principalmente daqueles setores com cadeias de produção mais longas e envolvendo pequenas empresas, como alimentos e bebidas, calçados, joias, móveis e vestuário. Mas, o câmbio é um elemento temporário de melhora da competitividade. O setor defende que sejam adotadas medidas para sustentar e ampliar as exportações na retomada da economia pós-crise, aumentando e preservando a competitividade em setores intensivos em tecnologia, como aeronáutico, automotivo, eletroeletrônicos e de máquinas e equipamentos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.