31/Mar/2020
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) acelerou em março e atingiu alta de 1,76%, depois de cair 0,19% em fevereiro. No mês, a inflação de produtos agropecuários e industriais ganharam tração. O IPA agropecuário subiu 3,90%, de 0,45% em fevereiro, enquanto o IPA industrial avançou 1,01%, depois de recuar 0,41% no mês anterior. No acumulado de 12 meses, a taxa do IPA chega a 8,48%, enquanto os produtos agropecuários somam alta de 14,80% e os industriais, de 6,34%. Todos os estágios de produção tiveram acréscimo em suas taxas de variação em março. A maior aceleração ocorreu nas Matérias-Primas Brutas, que subiram 4,77%, depois de registrarem alta de 0,36% em fevereiro.
O comportamento do grupo foi puxado pela aceleração do minério de ferro (-0,01% para 9,73%), da soja em grão (-2,97% para 5,03%) e pelo café em grão (-6,61% para 10,60%). No sentido oposto, os destaques foram o milho em grão (5,17% para 4,02%), mandioca (4,93% para 2,16%) e arroz em casca (4,30% para 0,69%). Os Bens Finais subiram 0,77%, depois de recuarem 0,55% em fevereiro. A principal contribuição para a reversão de sinal do grupo partiu de alimentos processados, cuja taxa passou de -1,57% para 1,27% no período. Os Bens Intermediários também ganharam tração, apesar de ainda caírem 0,03%, depois de recuarem 0,33% em fevereiro. O principal responsável pelo movimento foi o subgrupo de materiais e componentes para manufatura, cuja taxa passou de 0,34% para 1,57%.
Em 12 meses, os Bens Intermediários acumulam taxa de 3,50%, enquanto os Bens Finais têm alta de 4,35% e as Matérias-Primas Brutas, de 19,30%. Além do minério de ferro, da soja em grão e do milho em grão, foram responsáveis pela aceleração do IPA de março os bovinos (-1,06% para 3,38%) e os ovos (8,69% para 10,84%). Na outra ponta, ajudaram a conter a alta do índice, ainda em território negativo, o óleo diesel (-9,78% para -9,26%), a gasolina automotiva (-7,28% para -6,61%), a carne de aves (-1,68% para -2,11%), óleo de soja bruto (0,33% para -3,34%) e óleo de soja refinado (0,53% para -1,98%). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.