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30/Mar/2020

Importância de reorganizar canais de distribuição

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), não há risco de escassez de alimentos e de desabastecimento no Brasil em virtude da pandemia de coronavírus. O momento é de reorganização dos canais de comercialização e distribuição e que a entidade está intercedendo junto aos ministérios da Agricultura e Infraestrutura para tentar minimizar os efeitos do surto no setor. As medidas propostas pela entidade abrangem questões como o acesso a linhas de crédito, a flexibilização da tributação em alguns processos, a distribuição de insumos, além de garantia de infraestrutura para os caminhoneiros continuarem em atividade e o monitoramento logístico para impedir bloqueios nas rodovias do País.

A medida provisória nº 926, publicada no dia 20 de março, que determina a compra de insumos para enfrentar a crise do coronavírus e o decreto federal nº 10.282, publicado no mesmo dia, que incluiu os serviços referentes a produção e transporte de alimentos como uma das atividades essenciais para o período, deu um arcabouço legal que permite que não haja interrupção no processo produtivo. A atenção especial nesse segundo momento é estabelecer conexões entre as pontas compradora e vendedora, especialmente no caso de produtores focados no segmento food service, diretamente afetado pelo isolamento social que visa a conter a disseminação do vírus.

É o caso dos lácteos, que observaram um fechamento nos canais de venda de queijo, por exemplo, e paralisação de alguns laticínios pequenos na Região Nordeste e em alguns pontos do estado de Minas Gerais. As grandes indústrias, entretanto, não têm a intenção de parar a captação. Os produtores que estão colhendo a safra de grãos e observando uma sinalização de queda acentuada nos preços por conta do cenário também terão prioridade. Sobre a situação dos setores de aves e suínos, houve uma dificuldade de exportação na primeira semana por causa da falta de contêineres refrigerados, que não estavam retornando.

À medida em que a China está voltando a operacionalizar os portos, entretanto, esse cenário está sendo equalizado e deve voltar ao normal nas próximas semanas. No mercado interno, por outro lado, houve aumento na demanda de ovos nas redes varejistas em substituição ao consumo de carnes devido aos preços mais baixos e alto valor biológico da proteína. Apesar disso, os frigoríficos seguem em pleno funcionamento, sendo o transporte para os funcionários a maior dificuldade decorrente do cenário de pandemia. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.