19/Mar/2020

A pandemia do novo coronavírus praticamente acabou com a possibilidade de a recuperação econômica brasileira ganhar tração. Nesta semana, várias instituições financeiras reviram para baixo as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) do País este ano. Já há previsão de retração na atividade produtiva. A Itaú Asset tem expectativa de retração de 0,3%. O Credit Suisse passou a prever um PIB que flerta com o negativo. A projeção do banco caiu de 1,4% para 0%. O cenário base é compatível com uma recessão no primeiro semestre do ano, com retração de 0,1% no primeiro trimestre e de 1,6% no segundo trimestre. A consultoria Tendências prevê que 1% é o teto das estimativas. O Brasil pode ter um PIB mais próximo de 0,5%, 0,6%. Mas, em casos mais dramáticos, não dá para descartar um PIB negativo.

O Santander, por sua vez, revisou para baixo as projeções de crescimento em 2020 e 2021, de 2% para 1% e de 2,5% para 2%, respectivamente. O cenário é de que o impacto do surto começará a se dissipar no segundo trimestre. No quarto trimestre, o País voltaria à normalidade. O Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre) também está revendo sua estimativa de crescimento, que antes era de 2% para 2020. No cenário mais positivo, a economia brasileira repetiria o resultado de 1,1% registrado no ano passado. Isso considerando que as atividades voltem ao normal no terceiro trimestre como se nada tivesse ocorrido anteriormente. O cenário mais pessimista é um PIB de 0%. Nesse caso, haveria efeitos da crise ainda no quarto trimestre. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.