19/Mar/2020
Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu 4,4 pontos em março em relação a fevereiro. Esse é o segundo recuo mensal consecutivo do índice, que já havia apresentado uma queda de 0,6 ponto em fevereiro. Desde janeiro de 2010, quando o ICEI passou a ser medido mensalmente, o índice só caiu mais que quatro pontos em apenas outras três oportunidades. O Índice caiu 4,2 pontos em fevereiro de 2015 (início da crise econômica de 2015-2016), 4,8 pontos em julho de 2013 (reflexo das manifestações populares iniciadas em junho daquele ano) e 5,8 pontos em junho de 2018 (consequência da paralisação dos caminhoneiros, ocorrida em maio daquele ano). Apesar da queda, o índice está em 60,3 pontos, o que mostra ainda confiança dos empresários e permanece acima da média histórica, de 53,8 pontos. A coleta de dados da pesquisa ocorreu entre os dias 2 e 11 de março, com participação de 2.420 empresas em todo o País.
O indicador varia de zero a 100 pontos e valores acima de 50 pontos são considerados positivos. É importante observar que o índice permanece distante da linha divisória dos 50 pontos, o que ainda mostra a confiança dos empresários. Essa queda de 4,4 pontos foi muito elevada e, historicamente, só ocorreram essas grandes variações em épocas de crise. Por isso, diante do quadro atual, não é uma surpresa. É urgente que o governo federal e o Congresso atuem em conjunto para implementar as medidas emergenciais e as reformas necessárias para que os efeitos da pandemia do novo coronavírus no desenvolvimento econômico e social do País sejam reduzidos e o Brasil possa voltar a crescer. Com relação à composição do ICEI, os dois índices, que são o que mede as condições atuais e o de expectativas, tiveram queda em março, a exemplo do ocorrido em fevereiro.
Em março, as quedas são mais intensas. O índice que mede as expectativas com relação às condições atuais caiu 4,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas caiu 4,6 pontos. Os dois haviam apresentado queda de 0,6 ponto em fevereiro. A confiança se reduziu em março tanto pela piora na avaliação das condições atuais como pela queda no otimismo futuro. Destaca-se que a avaliação da economia brasileira, tanto presente quanto futura, piorou mais intensamente que a avaliação relativa à própria empresa. Os índices relacionados à economia brasileira tiveram quedas de 6,2 pontos na avaliação sobre as condições atuais e de 5,9 pontos no caso das expectativas. Os relativos à própria empresa apresentam quedas menores, mas significativas, de 3,0 pontos com relação às condições atuais e de 3,9 pontos com relação às expectativas futuras. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.