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16/Mar/2020

Coronavírus: leia a síntese das principais matérias

FEIRAS CANCELADAS ATÉ A SEXTA-FEIRA (13/03)

Feira Expoagro Afubra é cancelada

Por conta do surto de coronavírus, a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) decidiu cancelar a Expoagro Afubra, feira voltada à agricultura familiar que aconteceria de 18 a 21 de março, em Rio Pardo (RS). A decisão atende às orientações do Ministério da Saúde que estabelece medidas emergenciais para lidar com o coronavírus. A organização lamenta, mas, neste momento, é vital unir esforços para conter a escalada da doença e proteger a população, evitando aglomerações de pessoas, já que era esperado um público de aproximadamente 150 mil pessoas nos quatro dias do evento. Esta edição comemoraria os 65 anos de existência da associação. Fonte: Canal Rural. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

Feira Tecnoshow Comigo é cancelada

A Cooperativa Comigo informou que vai suspender, por tempo indeterminado, a realização da feira Tecnoshow Comigo, em Rio Verde (GO). O evento seria realizado entre os dias 30 de março e 3 de abril. Segundo a organização da feira, a suspensão está ligada à preocupação com o coronavírus e para atender as orientações de autoridades sanitárias e do governo do estado de Goiás e da prefeitura de Rio Verde. Os organizadores lamentaram o fato, mas acreditam que neste momento é vital unir esforços para conter a escalada da doença e proteger a população, evitando aglomerações de pessoas, já que era esperado um público de aproximadamente 120 mil pessoas nos cinco dias. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

ENTREVISTA COM JARBAS BARBOSA

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE

Os países devem estar atentos para mudar a estratégia de combate ao novo coronavírus, quando confirmada a transmissão comunitária. A medida evitaria erros vistos na Itália, que demorou para perceber a circulação da doença, o que sobrecarregou o sistema de saúde, afirma o médico brasileiro Jarbas Barbosa, vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), braço da Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo ele, é preciso manter a estratégia de hoje, mas acelerar a de amanhã. Para não ocorrer como na Itália.

Lá, infelizmente, não perceberam que havia transmissão. Só começaram a notar quando estavam chegando casos graves e mortes. A primeira etapa de enfrentamento à doença deve ser de contenção, preparando a rede de assistência para receber pacientes e isolando pessoas que tiveram contatos com casos confirmados, por exemplo. Em fase seguinte, quando há confirmação de transmissão do vírus, o trabalho é para "salvar vidas", com foco em grupos de risco: idosos e doentes crônicos. Nesta etapa, são avaliadas medidas de distanciamento social, por exemplo.

Uma decisão pode ser deixar jovens em casa, para evitar que se contaminem e usem leitos de hospitais, essenciais para tratamento de pacientes de risco. Barbosa afirma ainda que não há "bala de prata" para resolver o surto da doença, mas um "conjunto de ações" que dão respostas. Medidas como cancelar aulas têm de ser muito bem pensadas. Mas também não pode demorar, senão a transmissão sobrecarrega o serviço de saúde. Ex-secretário do Ministério da Saúde e ex-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Barbosa elogia a liderança do ministro as Sáude Luiz Henrique Mandetta. O Brasil tem uma boa preparação sobre isso, pois já lidou com outras epidemias. Segue a entrevista:

O que muda com a doença classificada como pandemia?

Barbosa: É o reconhecimento que a dispersão geográfica está consolidada. Não significa que haverá mais casos graves ou mais mortes. Na América Latina e no Caribe, ainda vamos ter um mosaico de situações. O que estamos chamando a atenção, reforçando, apoiando tecnicamente para isso, é a preparação para possível transmissão comunitária disseminada. Tem de ser acelerada. Estamos falando de organizar serviços de saúde, identificar bem quem são as referências. Onde vai ter leito de isolamento, como faz para dispor mais leitos de UTI, se precisar, num determinado pico.

O sr. poderia dar exemplos de medidas para preparar os sistemas de saúde?

Barbosa: Primeiro é ter claro quem vai fazer o quê. Definir estratégias. Quando você tem transmissão comunitária, não faz sentido pessoas com quadro leve irem para serviços de saúde. Tem país que diz 'olha, fica em casa'. Tem de adaptar à realidade nacional. São medidas para não sobrecarregar o sistema de saúde para que grupos de maior vulnerabilidade sejam atendidos. Também envolve medidas que a gente chama de aumento rápido de capacidade. Por exemplo, adiar procedimento cirúrgico que não é de emergência. Você tem de redistribuir leitos de maneira que possa ter hierarquia de cuidado.

Alguns países têm tomado medidas mais restritivas. Já é o momento correto para estas decisões?

Barbosa: Cada país tem de fazer uma avaliação bem criteriosa. Não é só aumento do número de casos que importa. É o tipo de transmissão. Uma decisão dessa não pode ser tomada muito precocemente: quando não há transmissão comunitária disseminada você está prevenindo o quê? Nem pode demorar, senão a transmissão muito forte pode sobrecarregar os serviços de saúde. É importante tomar a decisão no momento que faça efeito. Para também não estressar as pessoas. Você para uma semana, e não passa nada, continua aparecendo caso, porque não há transmissão comunitária. Aí as pessoas dizem, 'bom, mas não funcionou'. Daqui a três semanas você novamente convoca para parar uma semana. Isso gera certo descrédito.

No Brasil é recomendável tomar já medidas restritivas?

Barbosa: Não posso fazer esta análise. Ela é da autoridade sanitária, que tem a riqueza de dados em mãos. O Brasil tem atuado com total transparência. Nós fazemos uma recomendação geral para cada país adaptar a sua realidade.

Há discussão sobre cancelamento de escolas. Qual a leitura da Opas/OMS?

Barbosa: Este debate era grande já na época do H1N1. Quando tem nitidamente casos em escolas, se as unidades estão sendo elemento de transmissão, pode fazer sentido. Sabemos que alguns países da região tomaram medidas de cancelar voos. Tem de avaliar bem se é efetivo, se o impacto econômico não é maior do que seria desejado. Tem de ter um balanço, lembrar que a maioria dos casos são leves.

Alguns países estão isolando pessoas que estiveram em locais com transmissão comunitária. A medida pode ser efetiva?

Barbosa: Essas medidas de contenção, por mais rigorosas que sejam, dependendo do grau de transmissão que países vizinhos apresentarem, não serão efetivas para impedir que ocorra transmissão. Elas podem retardar. É bom quando retarda, você ganha mais tempo para preparar o seu serviço de saúde. Mas, não tem evidência que haja medida de contenção que, até aqui, tenha sido capaz de impedir que haja transmissão num país. Não estamos falando de uma bala de prata que resolve tudo, estamos falando de um conjunto de medidas que, atuando coordenadamente, ajudam na resposta. É preciso manter a estratégia de hoje, mas acelerar a de amanhã. Para não ocorrer como na Itália. Lá, infelizmente, não perceberam que havia transmissão. Só começaram a notar quando estavam chegando casos graves e mortes. Os s serviços na Itália, em grande parte, ficaram sobrecarregados.

Quais erros já foram notados neste surto de coronavírus e podem ser evitados?

Barbosa: Principalmente ter estratégia de contenção, mas preparar para a fase de mitigação. Quem não faz ao mesmo tempo vai perder tempo. São dias preciosos para evitar sobrecarga do serviço. O erro é o sistema de vigilância não dar informação, e você demorar a perceber que tem de mudar de estratégia... Continuar com contenção, quando já há transmissão na comunidade. Foi o que aconteceu na Itália.

Fonte: Agência Estado.

OMS LANÇA FUNDO DE SOLIDARIEDADE

A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou, na sexta-feira (13/03), um novo Fundo de Solidariedade em Resposta ao coronavírus, o primeiro de tipo para que companhias, fundações e pessoas físicas possam doar à entidade na resposta global ao surto da doença. A expectativa é atrair milhões de dólares em contribuições de grandes empresas e de entidades filantrópicas e de pessoas. A necessidade é de US$ 675 milhões até abril apenas para estar preparada para os esforços de resposta à pandemia. Conforme o surto avança, as necessidades de financiamento devem aumentar. A OMS informa ainda que pretende monitorar e compreender a disseminação do vírus e também garantir que os pacientes recebam o tratamento adequado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

EUROPA É O EPICENTRO DA PANDEMIA DE CORONAVÍRUS

A Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que a Europa se tornou o epicentro da pandemia de coronavírus, com maior número de infectados e mortos. Mas, não é o momento para discriminação nem pânico, mas de concentrar ações para estancar a propagação do vírus. No mundo, há 132 mil casos de coronavírus confirmados, com mais de 5 mil mortes. Não é possível prever o que vai acontecer em relação à pandemia e quando será o pico. Sempre há risco de os casos avançarem novamente após um pico, pois é um vírus forte e perigoso. Cada dólar doado pode ajudar a salvar vidas. A orientação a todos os governos é: encontrem o vírus, isolem, testem e tratem todos os casos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

MEDIDAS ECONÔMICAS NO BRASIL SÃO INSUFICIENTES

No mercado, a percepção é de que o programa apresentado pelo Ministério da Economia em resposta aos efeitos do coronavírus sobre a atividade deve ter um impacto quase nulo sobre a demanda e não é uma resposta adequada à crise que pode se instalar na atividade do País. A principal medida anunciada pela pasta, de adiantamento da primeira parcela do 13º do INSS para abril, com previsão de injeção de R$ 23,0 bilhões na economia, deve ter um efeito quase nulo.

O balanço do efeito dos saques do FGTS no ano passado já é desanimador. Se não funcionou na época, atualmente, com a situação bem pior, é difícil imaginar que alguém vá gastar um adicional de renda como esse. O Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 tem um claro viés de baixa, devido aos efeitos do coronavírus. Seria necessário que o governo apresentasse uma resposta fiscal à crise, com um pacote de investimentos para estimular a atividade.

Para responder adequadamente, seria necessário algo como R$ 150 bilhões em investimentos públicos, que poderiam ser adicionados ao gasto do ano enquanto se mantém o Teto para as demais despesas. A resposta para uma crise tem de ser por corte de juros e aumento do investimento público. O ponto é pensar na política fiscal com muita serenidade, o que não é fácil, dado o ambiente que se criou no País em relação a esse tema e a essa crença estranha a respeito de reagir a uma crise assim, com reformas.

Se o governo aumenta o investimento, faz com que as empresas gastem, com que a atividade ande. Do outro lado, se você reduz impostos, isso tende a virar margem e a não incentivar a atividade. Porém, um aumento do investimento teria um efeito negativo sobre o resultado primário do governo, mas a falta de uma resposta à altura vai prejudicar a relação entre dívida e PIB, por manter constante o denominador. Não é exagero falar de risco de recessão caso não haja uma resposta adequada para a crise.

O governo deveria focar agora em medidas para dar liquidez ao sistema, como redução de compulsórios e também linhas de crédito específicas para empresários e até pessoas físicas que trabalham por conta própria, o Micro Empreendedor Individual (MEI), possam atravessar esse período mais crítico. O problema é capital de giro, as empresas não vão produzir, mas vão ter de pagar salários, dívidas. É preciso uma ponte para sobreviver a esse período.

A redução da Selic deve ter pouco efeito no cenário atual, em que a crise de demanda está relacionada à restrição de circulação das pessoas, e também de oferta, com eventual desabastecimento de insumos. Sobre a forte volatilidade dos mercados nos últimos dias, pode até ser um "exagero", mas é justificável, porque há forte incerteza sobre a magnitude dos impactos do coronavírus, há ausência de parâmetros de preços. O mercado vai continuar ao sabor das notícias até os analistas e economistas conseguirem fazer conta e saber os preços. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

BRASIL ANUNCIARÁ NOVAS MEDIDAS PARA COMBATER EFEITOS

Ao anunciar medidas de liquidez que podem ser tomadas pelo governo diante da crise do coronavírus, o ministro da Economia, Paulo Guedes, citou uma medida já tomada pelo Banco Central no mês passado para dar fôlego aos bancos. No dia 20 de fevereiro, o Banco Central editou duas medidas que podem injetar R$ 135 bilhões na economia. O Banco Central vai anunciar medidas de liquidez e 135 bilhões entraram em efeito na sexta-feira (13/03), afirmou o ministro. A primeira das medidas já anunciada pelo Banco central foi a redução da alíquota de recolhimento compulsório sobre recursos a prazo de 31% para 25%, o que representa a liberação de R$ 49 bilhões no sistema bancário.

Essa liberação entra em vigor nesta segunda-feira (16/03). A outra medida, já valendo desde o dia 2 de março, foi a redução da parcela dos recolhimentos compulsórios considerados no Indicador de Liquidez de Curto Prazo (LCR) dos bancos. Essa medida libera outros R$ 86 bilhões para que os bancos possam emprestar mais. Apesar da liberação de recursos pelo Banco Central, isso não significa um aumento imediato nas operações de crédito, que dependem da demanda dos tomadores e das estratégias dos bancos.

Mas os recursos passam a ficar disponíveis para novas concessões de empréstimos. O ministro prometeu um programa de medidas para combater os efeitos da crise do coronavírus na economia brasileira. Segundo ele, o governo segue monitorando as condições financeiras e de diversos setores produtivos. O Banco Central deve anunciar novas medidas de liquidez. Todos os membros do grupo de monitoramento terão medidas a anunciar. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

MINISTRO GUEDES VAI ENVIAR MEDIDAS AO CONGRESSO

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a cobrar a aprovação de reformas no Congresso como forma de retomar o crescimento econômico e reagir aos impactos do avanço do coronavírus. Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criticou a lentidão da equipe econômica e pediu que o governo envie logo as medidas. Paulo Guedes mencionou 16 projetos que estão no Congresso cuja aprovação seria urgente e poderiam acelerar o crescimento econômico.

Ao todo, segundo ele, o governo enviou 48 propostas ao Legislativo. O ministro afirmou ser favorável à proposta do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), para quem os R$ 15 bilhões do Orçamento que estão em disputa entre Executivo e Legislativo deveriam ser utilizados na saúde. Guedes cobrou ainda a aprovação do Plano de Equilíbrio Fiscal (PEF), mais conhecido como Plano Mansueto, que descentraliza recursos e socorre Estados e municípios em dificuldades financeiras.

O Plano Mansueto está há mais de um ano no Congresso, são recursos para Estados e municípios, tem a ver com o pacto federativo. Se esses recursos estivessem aprovados, os governadores não precisariam vir a Brasília para pedir dinheiro. O ministro salientou que, em um momento como esse, é fundamental que haja harmonia entre Poderes para aprovar as medidas.

O ministro enfatizou que o Brasil está sem espaço fiscal para tomar medidas. Ele lembrou que o governo já disponibilizou R$ 5 bilhões para o Ministério da Saúde no combate à pandemia de coronavírus. De acordo com ele, haverá outra reserva de R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões para a pasta. O Congresso sugeriu libertar o valor da disputa política para a saúde. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

GOVERNO RECOMENDA CANCELAR EVENTOS DE MASSA

O Ministério da Saúde recomendou, na sexta-feira (13/03) medidas mais restritivas para evitar o avanço do novo coronavírus, entre elas o isolamento por sete dias de todas as pessoas que chegam de viagens internacionais, mesmo sem sintomas, e cancelamento de eventos com aglomerações. O governo passa a considerar também a hipótese de realizar quarentena em locais onde a ocupação de leitos de UTI para a nova doença ultrapassarem 80%. A ideia da Pasta é que gestores locais (governo federal, Estados e municípios) discutam como adaptar as recomendações a suas realidades. Por exemplo: ainda não é esperado pelo Ministério da Saúde que cidades sem transmissão sustentada da doença tomem medidas radicais. A recomendação geral, no entanto, já é de cancelamento de grandes eventos, sejam eles governamentais, esportivos, políticos, comerciais, religiosos, além do isolamento de assintomáticos que estiveram fora do País.

O governo federal também orienta o adiamento de cruzeiros turísticos durante o período de emergência em saúde pública. O principal recado para população é reduzir o contato social. Até aglomerações em velórios de mortos pelo coronavírus devem ser evitados. Bufês de comida no estilo self-service devem ser eliminados e eventos devem ocorrer preferencialmente em locais abertos. As medidas que o Ministério da Saúde sugere sinalizam a preparação para a etapa de mitigação da doença, quando a ideia é salvar vidas. Nesta fase, o ideal é que leitos de hospitais estejam livres e que pessoas fora de grupos de risco (idosos e doentes crônicos) evitem ir a serviços de saúde. O risco é sobrecarregar o sistema com doentes leves, desviando foco de pacientes graves. Para evitar ida desnecessária a hospitais, o governo recomenda que pessoas que não apresentem febre e mais um sintoma doença apenas liguem para o telefone 136, da Ouvidoria do Sistema Único de Saúde.

O Ministério da Saúde orienta ainda que idosos e doentes crônicos evitem viagens, cinema, shopping, show e locais de aglomeração (contato social) em cidades com transmissão local (quando ainda é possível identificar a origem da infecção) ou comunitária (quando o vírus já circula de forma sustentada). A pasta reforçou que este grupo deve vacinar-se contra a influenza. A intenção é reduzir a velocidade de transmissão da doença e manter o serviço de saúde ativo. Apesar do foco na nova enfermidade, o serviço segue pressionado por situações corriqueiras, como dengue, cirurgias, acidentes. Apesar de o Ministério da Saúde apenas recomendar medidas mais restritivas, os gestores locais têm em mãos regras para impor isolamento e quarentena, por exemplo, aprovadas no Brasil recentemente. A cada três dias o número de casos dobra, caso não sejam adotadas as medidas propostas, segundo estimativas da pasta.

É fundamental que cada hospital tenha seu plano de contingência, para ampliar com segurança o número de leitos para receber a doença. Em relação à circulação de pessoas em shoppings e comércios locais, o governo quer que estes estabelecimentos disponibilizem locais para lavar as mãos e álcool em gel. O objetivo é estimular transmissões virtuais de eventos, cancelar viagens, realização de trabalho remoto e reuniões pela internet. O Ministério da Saúde recomenda ainda ter em mãos medicamentos para redução da febre, como ibuprofeno e paracetamol, além de máscara e álcool em gel. Na fase de mitigação, o SUS passa a priorizar testes para novo coronavírus em pessoas com maior risco de desenvolver quadros graves. O governo reconhece que, neste modelo, pessoas assintomáticas ou quadros leves podem não ser computados, mas considera a medida mais racional, pois já não é essencial apontar quem passou a doença para quem, mas sim evitar mortes e pressão no sistema de saúde.

O recado do governo também é de que, mesmo em cidades sem casos, já é preciso se planejar para a chegada da doença, pois o período do ano de maior transmissão de síndromes respiratórias se aproxima (outono e inverno). Instituições de ensino em locais com transmissão sustentada da doença devem planejar antecipar férias ou adotar ensino a distância. Para estas áreas, o governo também recomenda redução de deslocamentos ao trabalho, por meio do home office e realização de reuniões virtuais. A adoção de quarentena também se aplicaria apenas em locais de transmissão sustentada, cuja capacidade de leitos de UTI atingir 80% de ocupação. A quarentena seria a última das opções, pois gera transtornos econômicos e sociais. No dia 12 de março, o Ministério da Saúde anunciou que dobrará para 2 mil o número de leitos que podem ser montados nos Estados para receber pacientes com o novo coronavírus.

O governo informou que há 28 mil leitos habilitados pelo governo federal no SUS e outros 130 espaços prontos, mas estruturas podem ou não serem usadas para o novo coronavírus. Os 2 mil leitos anunciados são estruturas complementares, que servirão apenas para o novo coronavírus. Poderão ser adotadas determinações para combater o coronavírus. Detalhes, porém, não foram apresentados. O governo passou da fase de orientações para a fase de recomendações, em escala poder-se-á vir a fase de determinações. Na economia, novas medidas não foram anunciadas. Os planos de contingência elaborados pelo Ministério da Saúde com as secretarias estaduais e municipais foram acionados e são colocados em prática desde a Operação Regresso, que trouxe brasileiros da China, primeiro local com registros da doença, em fevereiro. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.