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13/Mar/2020

Coronavírus: síntese das matérias mais recentes

Coronavírus terá impactos no crescimento global

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reiterou que o crescimento global em 2020 será menor do que em 2019, quando avançou 2,9%, devido à pandemia do coronavírus. Neste momento, é difícil fazer previsões, devido à propagação do vírus e das medidas adotadas por autoridades para combater a disseminação da doença. O FMI tem à disposição recursos em um montante que pode atingir até US$ 50 bilhões para países de renda baixa e emergentes a fim de adotar programas para combater o coronavírus, especialmente na área de saúde. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

Itália: casos de coronavírus estão avançando

A Defesa Civil da Itália informou que 15.113 pessoas foram diagnosticadas com o coronavírus no país, um salto de 21% em relação à última atualização, divulgada no dia 11 de março. O número de mortes em decorrência da doença avançou 52% e atingiu 1.258. A maior parte dos casos segue concentrada na região da Lombardia, onde houve 6.896 registros. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

França: governo anuncia medidas contra coronavírus

O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quinta-feira (12/03) que todas as creches, escolas e universidades do país serão fechadas a partir de segunda-feira (16/03), para tentar conter o avanço do surto de coronavírus. O transporte público, no entanto, será mantido em funcionamento. Segundo Macron, é preciso limitar o contato entre as pessoas devido ao coronavírus, sugerindo a empresas que peçam a seus funcionários para trabalhar de casa. Para o mandatário, o país está no início de uma epidemia e isso deve acelerar rapidamente.

O presidente francês afirmou que tudo será feito para proteger os trabalhadores e as empresas. O governo mobilizará todos os meios financeiros para prestar assistência aos cidadãos afetados pelo surto de coronavírus. Macron também reforçou que estão sendo tomadas medidas para aumentar a capacidade dos hospitais do país. O presidente francês declarou, ainda, que a Europa agirá de maneira massiva para proteger sua economia. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

China: acusação de que os EUA trouxe coronavírus

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que o exército dos Estados Unidos pode ter trazido o coronavírus à cidade de Wuhan, epicentro da pandemia. A declaração ocorre após o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) confirmar a possibilidade de cidadãos estadunidenses que morreram sob diagnóstico de contaminação pelo vírus influenza terem, na verdade, contraído o covid-19. O governo chinês questiona quando o paciente zero (aquele que originou o surto) foi registrado nos Estados Unidos, quantas pessoas estão infectadas e quais são os nomes dos hospitais. A China pede transparência e que os Estados Unidos deem uma explicação. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

China: coronavírus pressiona o setor exportador

O Ministério de Comércio da China afirmou que o avanço global do coronavírus vai reduzir o crescimento econômico mundial e pressionar os exportadores chineses, que podem enfrentar dificuldades em cumprir com novas encomendas e retomar a produção. O governo chinês apresentou novas medidas para ajudar exportadores. A exportação de produtos de alto valor, como eletrônicos e automobilísticos, avançou nos dois primeiros meses em relação ao ano anterior, na contramão da tendência de queda das vendas. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

EUA: avanço do coronavírus determinará medidas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a proibição temporária de voos para a Europa pode ser estendida ou abreviada, a depender do quadro para a disseminação de coronavírus no continente. Além disso, ele considerou que a queda nos preços de gasolina que tem ocorrido nos últimos dias funciona como uma espécie de grande corte de tributo para os consumidores norte-americanos.

Trump ainda comentou que restrições a viagens dentro do próprio país não foram ainda discutidas, mas são uma possibilidade. O presidente admitiu que o veto imposto a voos da Europa pode ter impacto econômico, mas afirmou que a prioridade agora é controlar a doença. O presidente disse também que é contrário ao projeto que está na Câmara dos Representantes para o combate ao coronavírus.

Segundo ele, a oposição do Partido Democrata tem colocado itens que não estavam previstos, os chamados "jabutis", no jargão da política brasileira. Sobre a possibilidade de cancelar comícios eleitorais, diante do risco de disseminação do coronavírus, Trump afirmou que essas decisões serão tomadas no momento apropriado.

Ele também foi questionado se poderia adotar medidas como declarar estado de emergência. Trump não respondeu diretamente sobre a possibilidade, mas disse que pode lançar mão de poderes emergenciais, se necessário. Ele ainda sustentou que a queda nos mercados deve ser temporária e previu uma recuperação mais adiante. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

EUA: Fed injeta US$ 1,5 trilhão no sistema financeiro

A distrital de Nova York do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou, nesta quinta-feira (12/03), uma injeção de mais de US$ 1,5 trilhão no sistema financeiro, para conter problemas de financiamento associados aos efeitos do coronavírus, através de suas operações de recompras de títulos (repo).

De acordo com a autoridade, as mudanças lidam com problemas temporários e muito pouco usuais no mercado de financiamento. O cronograma divulgado informa que a autoridade monetária ofertou, nesta quinta-feira (12/03), US$ 500 bilhões em títulos de operações de recompra de três meses. Nesta sexta-feira (13/03), serão US$ 500 bilhões em títulos de três meses e US$ 500 bilhões em títulos de um mês.

O Fed ainda informou que as operações de recompra de US$ 500 bilhões em títulos de três meses e de um mês serão feitas semanalmente e que compras de ao menos US$ 45 bilhões em títulos de duas semanas passam a acontecer duas vezes por semana. Além disso, o banco central norte-americano seguirá oferecendo ao menos US$ 175 bilhões em títulos overnight diariamente. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

Coronavírus: Brasil afirma que monitora os impactos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (12/03) que o governo está monitorando os setores que serão afetados pela crise causada pelo novo coronavírus. Ele citou as viagens internacionais e os choques que serão observados no setor de serviços, como frisado na quarta-feira (11/03) pelo Banco Central. Segundo o ministro, alguns setores vão ser impactados, como viagens internacionais e serviços em geral. Os efeitos da diminuição de viagens impactam negativamente o setor hoteleiro, e consequentemente os restaurantes. Paulo Guedes também comentou sobre as estimativas de crescimento para 2020, que foram revisadas pelo Ministério da Economia. A nova projeção é de alta de 2,1% no PIB este ano. Antes, a estimativa era de avanço de 2,4%.

O ministro voltou a dizer que o Brasil tem dinâmica própria de crescimento e que o País tem capacidade e velocidade de escape para manter a decolagem na economia. Segundo o ministro, o Brasil tem capacidade econômica de produzir dinâmica diferente, não estando sincronizados com a economia mundial. O ministro destacou medidas já em andamento que podem ajudar na economia brasileira, como a expansão na oferta de crédito pelos bancos públicos. Caixa, Banco do Brasil e BNDES têm um arsenal de pelo menos R$ 207,8 bilhões de recursos para emprestar a empresas e pessoas físicas. Paulo Guedes também citou a redução de compulsórios pelo Banco Central, e observou que o câmbio alto, se por um lado atrapalha, auxilia nas exportações. Além de investimentos em saneamento, infraestrutura, logística.

Os juros estão baixos, os investimentos internos na construção civil estão aumentando, o crédito está expandindo a dois dígitos e os bancos públicos estão emprestando para pequena e média empresa. O Banco central reduziu os compulsórios e ainda há ferramenta monetária para usar. O ministro reafirmou que o Brasil tem dinâmica própria de crescimento. Ele voltou a reforçar a necessidade de aprovação das reformas que estão no Congresso, assim como das medidas que dão respiro ao aspecto fiscal. O governo já enviou 48 propostas, mas 16 são mais urgentes, destravando investimentos em saúde, saneamento, infraestrutura, logística, gás. Há uma série de propostas que podem ser usadas para acelerar o crescimento e reduzir o impacto. Ele salientou que, na China, por exemplo, no ponto de vista de saúde pública, o impacto já começou a passar. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

Coronavírus: empresas brasileiras mudam rotina

A pandemia do coronavírus mudou a rotina das empresas brasileiras. Suspensão de congressos, viagens canceladas, funcionários trabalhando de casa, campanhas de prevenção, distribuição de álcool gel, reuniões por videoconferência, quarentena para quem voltar do exterior e fim de visitas têm sido as principais medidas adotadas. Só nos últimos dois dias, TIM, Gerdau e Cosan suspenderam eventos importantes que promoveriam nos Estados Unidos. O Google cancelou evento que reuniria 10 mil mulheres no Ginásio do Ibirapuera e a Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), um congresso marcado para este mês em São Paulo. O Google ainda ofereceu aos funcionários locais opção de trabalhar de casa, medida adotada também pelo Facebook até 10 de abril. A Toyota distribuiu aos funcionários de suas três fábricas um guia sobre o covid-19 e fechou os centros de visitação dessas unidades até o fim do mês. A FCA Fiat Chrysler reduziu o número de acessos às fábricas ao necessário às funções operacionais.

A partir de segunda-feira (16/03), os funcionários da EDP farão um rodízio em que parte trabalha nas unidades da empresa de energia e parte, em casa. A medida está prevista para os próximos seis meses. Uma possível disseminação do coronavírus seria um grande teste de gestão de crise para as empresas que atuam no Brasil. A empresa também montou um comitê de gestão de crise para preparar ações de prevenção e já adquiriu 5 mil máscaras. O escritório da Mastercard, em São Paulo, que teve um caso de contaminação, ficou fechado um dia para higienização e os funcionários podem optar por trabalhar em casa. Na XP, que teve dois casos, os procedimentos de higienização foram intensificados. Na CSN, também com um caso, a empresa pediu para os funcionários seguirem as recomendações do Ministério da Saúde. Desde quarta-feira (11/03), o iFood passou a incentivar o home office e as reuniões internas e com fornecedores passaram a ser por videoconferência. A Nestlé pede a qualquer funcionário que tenha viajado para áreas de risco nos últimos 14 dias para trabalhar de casa por duas semanas. Na ABB, funcionários que estiveram em determinadas regiões do mundo também foram instruídos a ficar de quarentena em casa.

Além de espalhar álcool gel por todas as áreas das duas fábricas e escritórios, a Ford reforçou o padrão de limpeza dos prédios e dissemina informações sobre o assunto por meio de canais de comunicação interna. Nas unidades da Volkswagen, qualquer executivo ou operário tem de passar em avaliação no ambulatório médico antes de viajar para receber orientações e encaminhamento para vacinação contra influenza (gripe comum). Após a viagem, o funcionário deve trabalhar de casa por duas semanas. A General Motors também adota restrições de viagens e prática de quarentena para quem esteve em algum dos países foco da epidemia. O escritório de advocacia L.O. Baptista antecipou a campanha de vacinação da gripe e uma equipe de saúde vai vacinar os funcionários. A empresa está criando uma linha direta para as pessoas reportarem situações de risco relacionadas ao Covid-19. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.

Coronavírus: bolsas da Europa desabam com pânico

As bolsas da Europa desabaram nesta quinta-feira (12/03) e encerraram o pregão com a maior queda diária da história, em um dia de estresse global pelo avanço do coronavírus. A decisão do presidente americano, Donald Trump, de cancelar os voos da região para os Estados Unidos, sem o aval de autoridades europeias, pressionou os mercados e fez o índice Stoxx 600 encerrar com tombo de 11%. Investidores também reagiram à decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter inalteradas às taxas de juros. O pânico predominou durante todo o pregão, com as repercussões do anúncio de Donald Trump. Na quarta-feira (11/03), o líder norte-americano informou que todas as viagens da Europa para os Estados Unidos estão canceladas por 30 dias a partir do dia 12 de março. O objetivo da medida é conter a disseminação do coronavírus, cujo número de casos já passa de 120 mil no mundo. O Reino Unido ficou de fora da restrição, porque, segundo o republicano, os britânicos têm feito um "bom trabalho para conter o vírus".

Mesmo assim, na Bolsa de Londres, o índice FTSE fechou com declínio de 10,87%, a 5.237,48 pontos, na mínima do dia. Nesta quinta-feira (12/03), autoridades europeias reclamaram que as medidas foram tomadas de forma unilateral e que não foram consultadas. Donald Trump, contudo, explicou que o motivo foi a urgência da situação. Por todo o continente, as ações das áreas registraram baixas robustas, com a IAG, controladora da British Airways, despencando 15,82% no mercado inglês. Em Frankfurt, onde o DAX cedeu 12,24%, a 9.161,13 pontos, o papel da Lufthansa tombou 13,41%. Em Paris, a ação da Air France-KLM despencou x%, enquanto o índice CAC 40 fechou com queda de 12,28%, a 4044,26 pontos. As perdas se intensificaram após o BCE anunciar a manutenção da taxa de depósito em -0,50% e da taxa de refinanciamento em 0%, contrariando analistas.

A autoridade monetária, no entanto, informou que ampliaria o programa de relaxamento quantitativo (QE) e que oferecerá termos consideravelmente mais favoráveis para as chamadas Operações de Refinanciamento de Prazo Mais Longo Direcionadas (TLTROs). As medidas são uma tentativa de resolver a confusão nos mercados de apoiar a economia de maneira direcionada. A julgar pelas reações iniciais, elas não foram suficientes para resolver o primeiro. As fortes quedas das Bolsas de Nova York, que chegaram a acionar o circuit breaker, ajudaram a aprofundar o mau humor generalizado. Em Milão, o índice FTSE MIB desabou 16,92%, a 14.894,44 pontos. A empresa de energia Enel caiu 19,85%, em meio à queda no preço do petróleo. Em Madrid, o Ibex 35 caiu 14,06%, a 6.390,90 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 recuou 9,76%, a 3.805,92 pontos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.