12/Mar/2020

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu, nesta quarta-feira (11/03), declarar o coronavírus uma pandemia, termo utilizado quando o estágio de transmissão de uma doença é global. Há preocupação com os alarmantes níveis de disseminação e severidade, e de falta de ação. Até o momento, 118 mil pessoas foram diagnosticadas com o vírus em 114 países, entre as quais 4.291 morreram. Descrever a situação como pandemia não muda o que a OMS está fazendo e não deve mudar o que os países precisam fazer. O uso da palavra não deve levar a temores irracionais.

A entidade ainda advertiu que, nas próximas semanas, deve aumentar o número de casos e também as mortes causadas pela doença. Há 900 pacientes em UTIs na Itália, em estado grave. A OMS garantiu estar em coordenação com líderes globais, com uma estratégia para não faltar medicamentos. A entidade dá apoio ao Irã, bem como a nações parceiras na luta contra a doença. A Itália atualmente é o epicentro da epidemia e está recebendo suporte. Todos os países devem rever suas estratégias contra o coronavírus, ativando e ampliando seus mecanismos de resposta a emergências.

As nações devem encontrar, isolar, testar e tratar todos os casos de coronavírus. A OMS aguarda resultados da China, que podem dar um caminho mais claro sobre a transmissão do vírus. É preciso entender do que as pessoas estão morrendo e por quê, para impedir mais mortes. Os países da África são o foco agora, para se evitar a disseminação da doença. É preciso conter o vírus para que não chegue a países mais pobres.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que alguns países não tomando providências para afastar o contágio em massa do coronavírus, mas ressaltou que, como entidade, não interfere no modo de agir de cada nação. Ainda assim, foi feito um pedido aos governos para aumentarem o número de funcionários de seus sistemas públicos de saúde, por conta da epidemia. A taxa de mortalidade do coronavírus se mostra muito maior do que de uma influenza comum. Práticas de contenção da doença resultaram em redução de casos na China e na Coreia do Sul.

O Covid-19 avançou em diversos países do continente europeu. Segundo país da Europa com o maior número de infectados, a Espanha reportou mais 552 casos, elevando o total a 2.174, com 49 mortes. Na Itália, país que decretou quarentena em todo o seu território, o número de casos confirmados chegou a 10.149, com pelo menos 631 mortes causadas pelo vírus.

Além de Itália e Espanha, França e Alemanha completam o grupo de países europeus que ultrapassaram a marca de 1.000 infectados, com 1.784 e 1.629, respectivamente, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou que, segundo especialistas, entre 60% a 70% da população mundial será infectada pelo coronavírus.

Outros países da zona do euro registraram aumento no número de casos nesta quarta-feira (11/03). A Holanda registrou 121 novos infectados, num total de 503 casos, enquanto a Bélgica teve suas 3 primeiras mortes confirmadas, com 382 casos. No Reino Unido, o número de infectados pelo Covid-19 saltou de 83 para 456, o maior aumento registrado pela região administrativa em 24 horas. O governo britânico confirmou, também, a oitava morte causada pelo vírus.

Nos Estados Unidos, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) informou que há 987 casos confirmados do novo coronavírus. Desses, 92 são de pacientes que retornaram de viagens, 75 por contágio de pessoa para pessoa e 771 cuja origem está sob investigação. Há ainda 49 casos de pessoas que foram repatriadas de locais que sofrem com a pandemia. Foram confirmadas 29 mortes causadas pelo Covid-19. O CDC não necessariamente registra casos que foram reportados individualmente pelos estados. Segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins, o coronavírus já infectou 1.050 pessoas nos Estados Unidos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.