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12/Mar/2020

Exportação do agronegócio cai 6,3% em fevereiro

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as exportações de óleo de soja, carnes (bovina, suína e de frango), algodão e complexo sucroalcooleiro (açúcar e álcool) tiveram desempenho favorável na balança comercial do agronegócio, que contabilizou US$ 6,41 bilhões em fevereiro. A participação do agro no total das exportações brasileiras ficou em 39,2%, já que houve recuo de 6,3% nas vendas externas na comparação com o mesmo mês do ano anterior. As importações do setor totalizaram US$ 1,06 bilhão no mês e, como resultado, o saldo da balança comercial foi de US$ 5,35 bilhões. As exportações de óleo de soja totalizaram US$ 62 milhões (+126,5%), com aumento no preço médio do produto e na quantidade comercializada, com 69 mil toneladas. A comercialização de carnes no mercado externo ficou em US$ 1,30 bilhão (+11,3%).

Houve aumento de 7,5% no quantum comercializado, com 559 mil toneladas, e alta do preço médio dos produtos do setor à taxa de 3,5%. O principal item negociado no mês passado foi a carne bovina, com US$ 564 milhões (+9%). No que se refere à quantidade, verificou-se retração de 5,7% em relação a fevereiro de 2019, com 131 mil toneladas negociadas. As exportações de carne de frango aparecem na segunda posição do setor, com vendas de US$ 548 milhões (+5,8%). As vendas de carne de frango in natura registraram recorde de quantidade para os meses de fevereiro, com 335 mil toneladas (+11,5%), representando US$ 525 milhões (+6,6%) e cotação média do produto no período de US$ 1.567,00 por tonelada (-4,3%). As exportações de carne suína atingiram US$ 154 milhões (+55,4%), com incremento de 25,4% no quantum comercializado e de 23,9% na cotação média da mercadoria brasileira no período.

As vendas da carne in natura, por sua vez, foram recordes para os meses de fevereiro em valor (US$ 143 milhões) e em quantidade (58 mil toneladas). As flutuações nos valores exportados de soja em grão e carnes permanecem influenciadas pela desarticulação da produção chinesa de carne suína, em virtude da peste suína africana (PSA), que afeta o rebanho de suínos do país desde 2018. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estima que a produção chinesa de carne suína em 2020 deverá ser de 36 milhões de toneladas, volume 33,3% inferior ao produzido em 2018. O complexo sucroalcooleiro atingiu US$ 484 milhões, alta de 19,9%. As vendas de açúcar foram as mais significativas dentro do setor, com US$ 389 milhões (+14,6%) e 1,31 milhão de toneladas negociadas (+12,4%). O álcool obteve US$ 94 milhões de receita de exportação (+47,1%), com incremento de 46,7% na quantidade comercializada (131 mil toneladas).

O preço médio do produto permanece no patamar aproximado de US$ 716,00 por tonelada (-13,1%). Outro produto com destaque foi o algodão com desempenho positivo de 68,3% no mês, somando US$ 268 milhões. As vendas envolveram 170 milhões de toneladas, com preço médio de US$ 1.578,00 por tonelada, redução de 7,4% no valor em relação ao mesmo mês de 2019. No mês de fevereiro, a Ásia ocupou a primeira posição das exportações do agronegócio brasileiro. Foram exportados US$ 3,10 bilhões, ou seja 3,3% inferiores ao mesmo mês em 2019. A China se manteve entre os principais destinos, com US$ 1,95 bilhão. Esse montante representou queda de 8,6% ante fevereiro/2019 (-US$ 183,04 milhões), e queda da participação do país de 31,3% para 30,5%. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.