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09/Mar/2020

Coronavírus: já há transmissão local em 38 países

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), pelo menos 86 países e territórios já confirmaram ao menos um caso de coronavírus. Contando o Brasil, 38 já registram transmissão local. As demais nações com casos da doença, mas sem transmissão local, registraram apenas infecções importadas ou têm casos cuja origem ainda está em investigação. É considerada transmissão local quando a infecção ocorre no mesmo local de notificação, como foi o caso das duas brasileiras que foram contaminadas em território nacional, após contato com outro caso confirmado da doença. A declaração de transmissão local acende um alerta porque indica que o vírus já circulou entre cidadãos daquele país. Nessa condição, no entanto, ainda é possível saber a origem da contaminação dos doentes. O cenário mais preocupante é o de transmissão comunitária, na qual o número de casos é tão alto que se torna impossível estabelecer as cadeias de transmissão de cada indivíduo.

Apesar do grande número de países com ao menos um caso confirmado, o surto se concentra principalmente em quatro nações: China, Coreia do Sul, Itália e Irã. Juntos, eles reúnem quase 97% de todos os registros mundiais. A taxa de letalidade da doença está em cerca de 3,4% e os países mais afetados têm índice semelhante, com uma exceção: a Coreia do Sul. No país asiático, que tem o segundo maior número de casos no mundo, a mortalidade registrada até agora é de apenas 0,6%. Os países devem conter o vírus mesmo diante de uma cada vez mais evidente expansão global. Essa epidemia é uma ameaça para todos os países, ricos e pobres. A solução é a preparação agressiva. Há preocupação com alguns países que não tenham levado isso a sério o suficiente ou tenham decidido que não podem fazer nada.

Em alguns países, o nível de comprometimento político e as ações que demonstram esse comprometimento não correspondam ao nível da ameaça. É preciso um comprometimento de políticas sustentáveis para conter o coronavírus, algo que a entidade acredita ser possível mediante uma ação coletiva, coordenada e abrangente. A variedade de sintomas e mesmo a ausência deles é um fator que vem sendo investigado. A possibilidade de uma pessoa infectada pelo vírus, mas sem sintomas, transmiti-lo existe, mas essa não é a principal forma de transmissão, senão haveria um número maior de casos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou suas preocupações para os países com sistema de saúde mais frágil, onde o coronavírus poderia ser mais danoso e mortal. É preciso impedir que essas populações em risco nas regiões mais vulneráveis sejam afetadas pelo vírus.

É preciso evitar que o coronavírus chegue a campos de refugiados, por exemplo, pela fragilidade deles. Os países mais frágeis serão apoiados pela entidade contra o coronavírus. Suprimentos de antibióticos, analgésicos e remédios para outras enfermidades graves como malária, estão sendo distribuídos em uma força tarefa para dar suporte às nações vulneráveis. A disseminação do coronavírus pode piorar ou diminuir, depende de ações que estão sendo tomadas agora para conter o surto. Há pelos menos 20 vacinas sendo elaboradas em diferentes partes do mundo, e a cada dia está mais perto uma vacina e tratamentos eficientes para conter o coronavírus. O principal foco agora é a contenção a propagação do vírus. A organização ainda não classifica o surto como uma pandemia. O número de pessoas infectadas globalmente atingiu os 100 mil casos, em 47 países com 3.383 mortes.

A diretriz de que todos os casos graves devem passar por testes para coronavírus está mantida, numa seleção clínica. Cada país deve criar parâmetros para isolar pacientes e identificar qual é a melhor forma de tratamento. Ainda é difícil calcular a taxa de mortalidade do vírus porque ele afeta populações de maneiras diversas, mas a OMS está trabalhando com modelos matemáticos. O que se sabe é que a idade avançada e a saúde frágil podem levar à morte por coronavírus. Não é possível afirmar que a chegada do calor no Hemisfério Norte vá diminuir a ação do vírus. Ainda não se sabe os diferentes comportamentos do vírus em diferentes climas. A entidade não incentiva restrições de viagens em massa, mas informou que é preciso manter restrições para locais onde há evidência de surto do vírus. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.