04/Mar/2020

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) reduziu sua previsão para o crescimento global em 2020 em 0,5%, de 2,9% para 2,4%, de olho nos impactos econômicos do coronavírus. O Produto Interno Bruto (PIB) mundial pode ser até mesmo negativo no primeiro trimestre deste ano e cair para 1,5% em 2020, caso a epidemia se agrave. Os governos precisam agir com rapidez e força para superar o coronavírus e seu impacto econômico. Para 2021, porém, a projeção de crescimento global foi elevada de 3,0% para 3,3%.

As contrações na produção na China (epicentro da epidemia) estão sendo sentidas em todo o mundo, refletindo o papel fundamental e crescente do país asiático nos mercados globais de cadeias de suprimentos, viagens e commodities. Também houve corte na previsão de crescimento da China em 2020 de 5,7% para 4,9%. Para os Estados Unidos, o impacto deve ser mais limitado, ainda que tenha reduzido suas projeções de crescimento do PIB de 2,0% para 1,9% em 2020. A economia global tornou-se mais conectada com a China em relação a 2003, quando o surto de SARS (síndrome respiratória aguda grave) também impactou os mercados.

A China desempenha um papel muito maior nos mercados globais de produção, comércio, turismo e commodities. Isso amplia as repercussões econômicas para outros países. A projeção é de grande impacto negativo sobre Japão, Coreia do Sul e Austrália. Entre as medidas para a contenção dos impactos econômicos do coronavírus, destaca-se a necessidade de se apoiar as economias de baixa renda e aumentar os estímulos fiscais, além de relaxamentos monetários em países com espaço para tal. Entre eles, a entidade destaca o Brasil. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.