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28/Fev/2020

Coronavírus: há potencial para se tornar pandemia

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para a possibilidade de o avanço do coronavírus se tornar uma pandemia, mas ponderou que o surto ainda pode ser contido. Segundo dados mais recentes da entidade, 78.630 casos da doença foram registrados na China, com 2.747 mortes. Mas, o principal foco de preocupação se deslocou para fora do país asiático. Nos últimos dois dias, o número de novos casos de coronavírus no resto do mundo superou o número de novos casos na China. Além da China, 44 países relataram 3.474 diagnósticos do vírus, com 54 mortes. A mensagem para cada um desses países é a seguinte: esta é sua janela de oportunidade. Se agirem agressivamente agora, podem conter o coronavírus e salvar vidas.

A maior parte dos países que já registraram a doença está em fase de importação do vírus, mas que há casos de redes de transmissões próprias. As epidemias no Irã, na Itália e na Coreia do Sul demonstram o que o coronavírus é capaz. A África é a região que requer maior atenção, por ter sistemas de saúde mais frágeis, mas todos os países do mundo têm comunidades vulneráveis. O surto está em uma fase "delicada" e pode ir para qualquer lugar. Um grupo de pesquisadores da Universidade Harvard (EUA) estimou que entre 40% e 70% de toda a população mundial deve ter resultado positivo para o novo coronavírus em algum momento. É provável que haja uma pandemia global.

Essa taxa de infecção poderia ocorrer ao longo do próximo ano. Porém, não é possível projetar quantas pessoas apresentariam sintomas da doença. A Organização Mundial da Saúde (OMS) garantiu que o Brasil tem um sistema de saúde bem preparado para lidar com epidemias como a do coronavírus, cujo primeiro caso foi registrado no País na terça-feira (25/02). Representantes da entidade citaram o trabalho do Brasil no combate à febre amarela e à zika. A Organização revelou que está trabalhando com autoridades brasileiras para avaliar os próximos passos, como forma de evitar uma disseminação generalizada da doença.

De acordo com o Ministério da Ciência e Tecnologia de Israel, cientistas do país estão prestes a desenvolver a primeira vacina para coronavírus. Caso tudo saia como planejado, a vacina poderia estar pronta em três semanas e disponível ao público em 90 dias. Segundo o Instituto de Pesquisa Galileu (MIGAL), responsável pelo avanço, o desenvolvimento da vacina tem sido acelerado e será uma vacina oral. Nos últimos quatro anos, uma equipe de cientistas do MIGAL tem desenvolvido uma vacina contra um vírus para infecções nos brônquios, mas foi constatado que ela pode servir de modo eficiente contra o novo coronavírus.

No Brasil, o Centro de Gerenciamento do Coronavírus em São Paulo afirmou que o governo do Estado trabalha para que haja uma vacina contra o novo coronavírus pronta para testes clínicos em até 3 meses. Será necessário saber se a vacina será eficaz na proteção contra a doença e se é segura para uso em humanos. Segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica em São Paulo, o Estado apresenta 1 caso confirmado da doença e 85 suspeitos, ou seja, aqueles que apresentam sintomas e, ou estiveram em um País em alerta, ou tiveram contato com algum caso confirmado.

Segundo o Ministério da Saúde brasileiro, a busca pela imunização está entre três as medidas que deverão concentrar os esforços. São elas: testes rápidos, a busca por um medicamento retroviral, e, finalmente, a imunização. Foi reforçada a antecipação da campanha de vacinação da gripe nacionalmente, em um primeiro momento para gestantes, crianças até 6 anos, e puérperas e em seguida para pessoas idosas acima de 60 anos. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.