11/Fev/2020

Segundo relatório do Rabobank, a oferta de insumos agrícolas na China será afetada por problemas de logística e produção e a queda nas vendas e na produção de commodities pode fazer com que a demanda por insumos caia na próxima temporada. Além disso, se a Organização Mundial da Saúde classificar o coronavírus como emergência pública internacional, as exportações chinesas devem ser prejudicadas. No que diz respeito aos lácteos, o Rabobank projeta queda na demanda de curto prazo no país se o vírus for contido em breve. No entanto, nesse prazo mais curto, preços podem subir - geralmente eles caem após o ano novo chinês. Para grãos, o impacto deverá ser pequeno e de curto prazo.

Embora o consumo de carne e óleos fora de casa deva diminuir, consumidores devem estocar óleo, farinha de trigo, carne e arroz em suas residências. Por outro lado, as importações de soja do país devem ocorrer em ritmo mais lento. A demanda por ração animal pode diminuir, já que muitas fazendas precisam reduzir a dosagem atual de ração e eliminar estoques de aves. Além disso, o avanço do coronavírus pode adiar a decisão dos produtores de reconstruir seus plantéis de suínos no primeiro semestre de 2020. Quanto ao açúcar, o efeito deve ser limitado, já que o consumo caseiro na China deve continuar forte apesar da queda na alimentação em bares ou restaurantes.

As exportações de carne da Tailândia podem diminuir se a China - importante importadora da proteína animal do país, especialmente após a peste suína africana - reduzir as compras em decorrência do coronavírus. A Tailândia, por outro lado, pode se beneficiar se o mercado de aves vivas na China for prejudicado e o país precisar importar mais. As exportações de óleo de palma da Malásia e da Indonésia para a China podem cair no curto prazo, mas devem ser retomadas após o coronavírus ser contido. Os preços globais do óleo devem ficar com média de 2.600 ringgits (US$ 636,68) por tonelada em 2020, ante 2.245 ringgits (US$ 549,75) por tonelada em 2019. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.