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07/Fev/2020

Preços globais de alimentos avançam em janeiro

O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou média de 182,5 pontos em janeiro, aumento de 1,3 ponto (0,7%) ante dezembro e de 11,3% ante janeiro de 2019. Foi a quarta alta mensal seguida. O avanço foi impulsionado em grande parte pelo fortalecimento contínuo dos preços de óleos vegetais, do açúcar e, em menor grau, de cereais e laticínios, que mais que compensaram a queda acentuada dos preços da carne. O subíndice de preços dos Cereais registrou média de 169,2 pontos em janeiro, alta de 4,8 pontos frente ao mês anterior (2,9%). O índice atingiu o maior nível desde maio de 2018. Os preços internacionais de todos os principais cereais aumentaram em janeiro. Os preços do trigo tiveram forte alta, apoiados por um ritmo mais rápido de compra de vários países em meio a embarques lentos da França e os relatos de uma possível introdução de uma cota de exportação pela Rússia até 30 de junho de 2020.

O milho também permaneceu em alta expressiva em janeiro, refletindo a forte comercialização e o aperto sazonal da oferta nos países exportadores do Hemisfério Sul. Os preços internacionais do arroz também aumentaram com as preocupações com o reflexo do clima na produção dos principais exportadores. O levantamento também apontou que o subíndice de preços dos Óleos Vegetais registrou média de 176,3 pontos em janeiro, aumento de 11,6 pontos (7%) em comparação com dezembro, atingindo o maior nível dos últimos três anos. O aumento foi impulsionado pelos valores mais firmes do óleo de palma, além da alta dos preços dos óleos de soja, canola e de girassol. Os preços internacionais de óleo de palma aumentaram pelo sexto mês consecutivo, sustentados pelas perspectivas de redução da oferta global em meio à forte demanda do setor de biodiesel.

As cotações dos óleos de soja e girassol também continuaram subindo, puxados pela demanda robusta de importação somada à oferta de exportação inferior à prevista. Enquanto isso, as cotações de óleo de canola subiram para o maior patamar desde maio de 2014, refletindo o aperto contínuo nos suprimentos globais. No entanto, os preços em todo o complexo de óleos vegetais devem perder força, refletindo amplamente as incertezas sobre as implicações do acordo comercial entre Estados Unidos e China e preocupações sobre o possível impacto do coronavírus na economia. No caso do óleo de palma, as tensões comerciais entre a Índia e a Malásia também pesam sobre os preços. O subíndice de preços das Carnes apresentou média de 182,5 pontos em janeiro, o que indica queda de 7,5 pontos (4%) em relação a dezembro, representando a primeira baixa após onze aumentos contínuos.

Nesse nível, o subíndice supera em 22,4 pontos (14%) o valor registrado no mesmo mês do ano passado. As cotações de todos os tipos de carne registraram queda em janeiro. Contudo, os preços das carnes ovina obtiveram maior baixa. Os preços das proteínas foram pressionados por retração nas importações, especialmente da China e do Extremo Oriente, após compras expressivas no fim de 2019. Além disso, as grandes disponibilidades de exportação, principalmente de carnes suína e bovina, pesaram nos preços de exportação nas últimas semanas. O subíndice de preços de Laticínios, por sua vez, registrou média de 200,6 pontos em janeiro, alta de 1,8 ponto (0,9%) em relação ao registrado em dezembro. Nesse nível, o subíndice está 18,5 pontos (10,2%) acima do mês correspondente do ano passado.

Em janeiro, as cotações internacionais da manteiga, queijo e leite em pó desnatado aumentaram, refletindo a forte demanda de importação, combinada com oferta no físico limitada na Europa e na Oceania. A baixa produção sazonal de leite na Oceania forneceu suporte adicional aos preços. Por outro lado, as cotações de leite em pó integral caíram, refletindo a demanda global limitada durante a primeira metade do mês. O subíndice de preços do Açúcar ficou, em média, em 200,7 pontos em janeiro, alta de 10,4 pontos (5,5%) em relação a dezembro. Marcando o quarto aumento mensal consecutivo e o nível mais alto desde dezembro de 2017. A alta mensal foi impulsionada pelas expectativas de queda de 17% na produção da Índia, 66% na colheita no Brasil e 25% na safra do México. No entanto, as recentes quedas nos preços do petróleo e a contínua valorização do dólar ante o Real limitaram a extensão do aumento nos preços internacionais do açúcar. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.