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06/Fev/2020

Selic tem novo corte e Brasil cai no ranking global

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir a Selic (a taxa básica da economia) em 0,25 ponto porcentual, de 4,50% para 4,25% ao ano. Este é o quinto corte consecutivo da taxa no atual ciclo, após período de 16 meses de estabilidade. Com isso, a Selic está agora em um novo piso da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996. O corte de 0,25 ponto percentual da Selic representa uma desaceleração da política monetária, já que nas quatro reuniões anteriores o Copom havia aplicado reduções de 0,50 ponto porcentual. O Brasil caiu para a sétima posição no ranking das maiores taxas nominais de juros do mundo após o Banco Central cortar novamente a taxa básica nesta quarta-feira (05/02), para 4,25% ao ano. Atualmente, o maior juro mundial é o a da Argentina, de 48%, seguido pela Turquia, com 11,25%.

No ranking de juros reais, descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses, o Brasil caiu para a oitava posição no ranking. O México lidera este ranking, com taxa de 3,2%, seguido pela Malásia, com 2,3%. O Brasil já chegou a ser líder de juros no mundo. Os dois rankings mostram que os países desenvolvidos seguem com taxas muito baixas, perto de zero ou negativas. Nos juros reais, os Estados Unidos têm taxa de -0,98%, o Reino Unido tem de -2,27% e a Alemanha de -1,73%. A Argentina possui taxa negativa de -3,71%, mas o motivo é a alta inflação do país vizinho. Ao justificar a decisão, o BC avaliou que a decisão é compatível com a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante para a condução da política monetária, que inclui o ano-calendário de 2020 e, com peso crescente, o de 2021. Ao mesmo tempo, o BC reafirmou que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, ou seja, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural.

O BC também atualizou suas projeções para a inflação. Desta vez, no entanto, o colegiado não divulgou novas projeções para o cenário de mercado, que considera a evolução da Selic e do câmbio conforme as expectativas do mercado financeiro no relatório Focus. Já no cenário de referência - que utiliza projeções para câmbio constante a R$ 4,25 e juros estáveis em 4,50% ao ano -, o BC alterou sua projeção para o IPCA em 2020 de 3,6% para 3,5%. No caso de 2021, a expectativa passou de 3,7% para 3,8%. O BC também atualizou seu cenário híbrido com câmbio constante a R$ 4,25 e juros conforme as projeções de mercado do relatório Focus. Neste caso, a projeção para o IPCA de 2020 passou de 3,7% para 3,5%. Já a inflação projetada para 2021 foi mantida em 3,7%. O centro da meta de inflação perseguida pelo BC em 2020 é de 4,00%, com margem de 1,5 ponto (de 2,5% a 5,5%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (2,00% a 5,00%). Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.