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05/Fev/2020

ILP enfrentando desafios para expansão no Brasil

A precariedade nas estruturas logísticas, a necessidade de alto investimento inicial e a dificuldade de acesso a crédito são, entre outros fatores, os principais desafios para adoção de sistemas de integração lavoura-pecuária (ILP) pelos produtores rurais no Brasil, segundo pesquisa executada pela Embrapa e divulgada nesta terça-feira (04/02). O estudo foi realizado entre 2015 e 2018, em parceria com as Universidades de Boston (UB), nos Estados Unidos, e Wageningen (WUR), na Holanda, e mapeou os desafios para a adoção da ILP em quatro Estados: Acre, Pará, Mato Grosso e Rondônia. Embora a estratégia de produção possua diversas vantagens, a consolidação da ILP é prejudicada, ainda, por problemas como a falta de mão de obra capacitada e, nas localidades amazônicas, pendências em relação à regularização fundiária e ambiental das propriedades rurais - aspecto que limita o acesso a linhas de crédito rural. Além da tecnologia, o estudo aponta os elevados preços dos produtos agropecuários como outra problemática para a adoção do sistema.

Havia o entendimento de que a deficiência de assistência técnica e o distanciamento da pesquisa científica eram as maiores limitações para uso da tecnologia. Mas o estudo evidencia que contar com linhas de financiamento adequadas é tão importante quanto os demais pontos, segundo o pesquisador Júlio César dos Reis, da Embrapa Agrossilvipastoril. De acordo com a pesquisa, grande parte dos agricultores que não fazem a ILP não conhece os benefícios da estratégia. Algumas alternativas que aumentariam o uso da tecnologia, portanto, seriam a regularização da situação fundiária; a disponibilidade de crédito mais barato, com maior carência e segurado; aumento no número de Unidades de Referência Tecnológica com ILP e ILPF; capacitação de extensionistas para ampliar os serviços de assistência técnica no campo; melhoria na infraestrutura de estradas rurais e silos; melhor acesso a maquinários e silos públicos; modernização das cadeias de valor, com recompensas aos produtores pela produção sustentável; e fornecimento de incentivos por meio do pagamento por serviços ecossistêmicos e estímulo à mudança de cultura, recomenda o estudo. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.